Nesta segunda-feira (20/11), a justiça italiana condenou 207 pessoas ligadas à máfia no país. Eles fazem parte da Ndrangheta, grupo criminoso atuante na região da Calábria, Sul da Itália. A decisão marcou um duro golpe em um dos maiores grupos de organização criminosa do país.
Somadas, as sentenças solicitadas pelos promotores totalizariam cerca de 5 mil anos de prisão aos acusados, no entanto, após diversas deliberações e as 131 absolvições, esse tempo caiu pela metade. As maiores penas chegaram aos 30 anos de prisão aos integrantes mais antigos da organização criminosa.
A juíza Brigida Cavasino, do Tribunal de Vibo Valentina, leu por mais de 1h30 os nomes dos julgados e as respectivas penas deles, enquanto os réus acompanhavam tudo, por videoconferência, em diversas prisões espalhadas pela Itália. Familiares dos réus, que estavam na corte, escutavam atentamente as sentenças e suspiravam de alívio a cada abrandamento de sentença.
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Um dos condenados é Giancarlo Pittelli, 70 anos, que pegou 11 anos de prisão, seis a menos do que o pedido pelos promotores. O ex-parlamentar e advogado é apontado como um negociador da máfia italiana.
O julgamento, que começou em janeiro de 2021, expôs a ligação do poder com o crime organizado. Na lista de réus haviam tanto membros da organização criminosa, quanto funcionários públicos, policiais e ex-políticos.