Um dossiê mostrado à Reuters por uma fonte que não pôde ser identificada por nome ou nacionalidade, produzido pela inteligência israelense, acarretou uma série de suspensões do financiamento para a agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) e demissão de funcionários.
O documentos com seis páginas, que aponta 11 nomes com fotos, alega que cerca de 190 funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), incluindo professores, que também atuaram como militantes do Hamas ou da Jihad Islâmica.
Ações de sequestro e assassinatos foram relatados no dossiê, ocorridos durante o ataque de 7 de outubro que desencadeou a guerra em Gaza.
Em resposta as acusações , os palestinos acusaram Israel de falsificar informações para manchar a UNRWA, que afirma ter demitido alguns funcionários e estar investigando as acusações.
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Casos relatados
Um conselheiro escolar é acusado no dossiê israelense de prestar assistência não especificada ao seu filho no sequestro de uma mulher durante a invasão do Hamas, na qual Israel afirma que 1.200 pessoas foram mortas e 253 raptadas.
Outro, um assistente social da UNRWA, é acusado de envolvimento não especificado na transferência para Gaza do cadáver de um soldado israelense e de coordenar os movimentos das caminhonetes utilizadas pelos invasores e de fornecimento de armas.
Um terceiro palestino no dossiê é acusado de participar de um ataque violento na aldeia fronteiriça israelense de Be’eri, onde um décimo dos residentes foram mortos.
Um quarto é acusado de participar de um ataque a Reim, local de uma base militar invadida e de uma rave onde morreram mais de 360 foliões.
A fonte não identificada, pela agência de notícias Reuters, disse que o documento foi compilado pela inteligência israelense e compartilhado com os Estados Unidos, que na sexta-feira (26/1) suspenderam o financiamento para a UNRWA.
A UNRWA, questionada sobre o dossiê, disse por uma porta-voz que não poderia comentar devido a uma investigação em curso pelas Nações Unidas.
Mais de 10 países, seguiram a posição dos principais doadores, os Estados Unidos e a Alemanha, suspenderam o seu financiamento à agência.
*com informações CNN