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Justiça da França condena a 20 anos de prisão ex-marido que dopou esposa para que homens a estuprassem

Dominique Pelicot, ex-marido estuprador, foi condenado à pena máxima de 20 anos da lei francesa; julgamento chocou o país e o mundo.

Nesta quinta-feira (19/12), Dominique Pelicot foi condenado pela Justiça da França à pena máxima de 20 anos de prisão, por drogar durante uma década sua então esposa Gisèle para estuprá-la, e permitir que ela fosse estuprada por dezenas de desconhecidos. Os outros 50 réus acusados no caso também foram declarados culpados.

A condenação é a pena máxima prevista para o crime no país. Após cumprir dois terços da sentença, Dominique vai passar por avaliação que pode aumentar o tempo de prisão dele. Ele também foi considerado culpado por gravar a própria filha e a nora nuas: Durante o julgamento, ele negou ter abusado da filha.

A condenação marca o fim de mais de três meses de julgamento que chocou o país. Foi Gisèle quem optou por um julgamento público e abriu mão de seu anonimato. Ela afirmou que a “vergonha” deveria ser sentida pelo acusado, seu agora ex-marido.

Mulher é dopada pelo marido e estuprada por 50 homens, na França
O caso, que horrorizou o país, foi revelado por acaso, quando o marido de Gisèle Pélicot foi preso em 2020 (Foto: Christophe Simon/AFP).

Um dos acusados, Jean-Pierre M., considerado “discípulo” de Dominique Pelicot, foi condenado a 12 anos de prisão: Ele teria usado o mesmo método para dopar e estuprar a própria esposa, e convidou o réu para abusar dela. Ele foi o único que não foi julgado pelo estupro de Gisèle.

Os cinco juízes julgaram os 51 réus do caso culpados, mas a maioria deles recebeu sentenças de até três anos de prisão. A Justiça entendeu que eles não sabiam que a vítima estava sob efeito de sedativos, o que diminuiu a pena deles.

Os condenados – homens convidados por Dominique para estuprar Gisèle, e que foram filmados cometendo os atos – têm idade entre 26 e 74 anos e são de diferentes classes sociais. Um suspeito é considerado foragido. Dos 50 julgados, 14 admitiram o crime, entre eles o próprio Dominique.

Com placas do lado de fora da Corte, manifestantes agradeceram à vítima pela coragem. “Todas as mulheres do mundo apoiam você”, diz um dos cartazes. “Obrigada, Gisèle”, diz outro.

Entenda o caso

Dominique Pelicot foi preso em 2020, ao tentar filmar embaixo das saias das clientes de um shopping center de Mazan, uma pequena cidade perto de Carpentras, onde vivia o casal. Durante as buscas na casa dele, os investigadores encontraram computadores, HDs e pen drives com cerca de 4.000 fotos e vídeos de Gisèle sendo estuprada.

Dominique e Gisèle eram casados há 50 anos. Entre 2011 e 2020, ele utilizou um site de encontros para entrar em contato com homens interessados em ter relações sexuais com sua mulher, enquanto ela estivesse inconsciente. Para isso, misturava comprimidos do ansiolítico lorazepam nas suas refeições.

Nos vídeos, ela aparece visivelmente inconsciente, enquanto é estuprada por homens diferentes, às vezes mais de um ao mesmo tempo. Em novembro de 2020, ao ser chamada na delegacia, a francesa então descobriu que era vítima de violência sexual há cerca de nove anos.

Gisèle contraiu infecções sexualmente transmissíveis, e segundo os médicos no julgamento, escapou por milagre de algo mais grave, como HIV ou hepatite.

Ela então alertou os filhos e iniciou processo de divórcio, o qual foi concluído durante o julgamento.

*Com informações de UOL

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Nesta quinta-feira (19/12), Dominique Pelicot foi condenado pela Justiça da França à pena máxima de 20 anos de prisão, por drogar durante uma década sua então esposa Gisèle para estuprá-la, e permitir que ela fosse estuprada por dezenas de desconhecidos. Os outros 50 réus acusados no caso também foram declarados culpados.

A condenação é a pena máxima prevista para o crime no país. Após cumprir dois terços da sentença, Dominique vai passar por avaliação que pode aumentar o tempo de prisão dele. Ele também foi considerado culpado por gravar a própria filha e a nora nuas: Durante o julgamento, ele negou ter abusado da filha.

A condenação marca o fim de mais de três meses de julgamento que chocou o país. Foi Gisèle quem optou por um julgamento público e abriu mão de seu anonimato. Ela afirmou que a “vergonha” deveria ser sentida pelo acusado, seu agora ex-marido.

Mulher é dopada pelo marido e estuprada por 50 homens, na França
O caso, que horrorizou o país, foi revelado por acaso, quando o marido de Gisèle Pélicot foi preso em 2020 (Foto: Christophe Simon/AFP).

Um dos acusados, Jean-Pierre M., considerado “discípulo” de Dominique Pelicot, foi condenado a 12 anos de prisão: Ele teria usado o mesmo método para dopar e estuprar a própria esposa, e convidou o réu para abusar dela. Ele foi o único que não foi julgado pelo estupro de Gisèle.

Os cinco juízes julgaram os 51 réus do caso culpados, mas a maioria deles recebeu sentenças de até três anos de prisão. A Justiça entendeu que eles não sabiam que a vítima estava sob efeito de sedativos, o que diminuiu a pena deles.

Os condenados – homens convidados por Dominique para estuprar Gisèle, e que foram filmados cometendo os atos – têm idade entre 26 e 74 anos e são de diferentes classes sociais. Um suspeito é considerado foragido. Dos 50 julgados, 14 admitiram o crime, entre eles o próprio Dominique.

Com placas do lado de fora da Corte, manifestantes agradeceram à vítima pela coragem. “Todas as mulheres do mundo apoiam você”, diz um dos cartazes. “Obrigada, Gisèle”, diz outro.

Entenda o caso

Dominique Pelicot foi preso em 2020, ao tentar filmar embaixo das saias das clientes de um shopping center de Mazan, uma pequena cidade perto de Carpentras, onde vivia o casal. Durante as buscas na casa dele, os investigadores encontraram computadores, HDs e pen drives com cerca de 4.000 fotos e vídeos de Gisèle sendo estuprada.

Dominique e Gisèle eram casados há 50 anos. Entre 2011 e 2020, ele utilizou um site de encontros para entrar em contato com homens interessados em ter relações sexuais com sua mulher, enquanto ela estivesse inconsciente. Para isso, misturava comprimidos do ansiolítico lorazepam nas suas refeições.

Nos vídeos, ela aparece visivelmente inconsciente, enquanto é estuprada por homens diferentes, às vezes mais de um ao mesmo tempo. Em novembro de 2020, ao ser chamada na delegacia, a francesa então descobriu que era vítima de violência sexual há cerca de nove anos.

Gisèle contraiu infecções sexualmente transmissíveis, e segundo os médicos no julgamento, escapou por milagre de algo mais grave, como HIV ou hepatite.

Ela então alertou os filhos e iniciou processo de divórcio, o qual foi concluído durante o julgamento.

*Com informações de UOL

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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