Neste domingo (12), médicos britânicos suspenderam o tratamento que mantém viva a bebê Indi Gregory, de 8 meses. Ela sofre de uma doença incurável e estava no centro de uma batalha judicial entre seus pais e um hospital no Reino Unido.
O desligamento foi informado pelo grupo de defesa Christian Concern, que apoia o casal. Segundo o comunicado, o tratamento foi suspenso após a decisão do tribunal de apelação. Na decisão recente do juiz Peter Jackson, ele disse que o recurso era totalmente sem mérito e expressou profunda preocupação sobre os recentes desenvolvimentos do caso.
Os pais da menina lutavam na Justiça há meses contra os médicos britânicos, que recomendavam interromper o tratamento que mantinha viva a bebê. Médicos do Queen’s Medical Centre, em Nottingham, onde a menina estava sendo tratada, argumentavam que continuar era inútil e doloroso. Diziam ainda que ela não tinha mais consciência do que acontecia ao seu redor e defendiam que morresse sem sofrer dores, no hospital.
Na última decisão, o tribunal pediu que o desligamento fosse feito no hospital e não em casa como os pais queriam. O apelo dos pais ocorreu após intervenção direta da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, na última semana, ao conceder para a bebê nacionalidade italiana.
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No sábado, por meio de nota oficial, o Vaticano disse que o Papa Francisco estava dirigindo seus pensamentos à bebê depois de saber da recusa pela justiça do Reino Unido.
“O Papa Francisco abraça a família da pequena Indi Gregory, seu pai e sua mãe, reza por eles e por ela, e dirige seu pensamento a todas as crianças que, nestas mesmas horas, em todo o mundo, estão vivendo com dor ou arriscando a vida por causa de doenças e guerras”, comunicou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
O grupo Christian Cocern disse que “Indi foi levada do hospital de ambulância com escolta de segurança para uma unidade de cuidados paliativos, segundo a Christian Concern, que acrescentou que ela parou de respirar ontem à noite e depois começou de novo”.
Não há cura para as doenças mitocondriais, que são genéticas e impedem as células do corpo de produzir energia.