O Irã voltou a lançar mísseis contra Israel neste domingo (15/6). As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram os novos ataques, que foram acompanhados por sirenes de alerta e explosões em regiões próximas à capital Tel Aviv e a Jerusalém.
De acordo com comunicado oficial divulgado pelas Forças de Defesa de Israel, “há pouco tempo, as IDF identificaram mísseis lançados do Irã em direção ao território do Estado de Israel”. O mesmo informe destacou que os sistemas defensivos israelenses estão operando para interceptar as ameaças. Ainda segundo os militares, a recomendação é que a população, ao ouvir os alertas sonoros, procure imediatamente um abrigo seguro e permaneça no local até receber nova orientação.
A boa notícia, até o momento, é que a maioria dos mísseis foi interceptada pelos sistemas de defesa aérea de Israel.
“Não recebemos relatos de projéteis caídos”, informou o comando das Forças de Defesa.
Além disso, o Magen David Adom (MDA), serviço de emergência médica israelense, comunicou que, até o momento, não houve registro de mortes ou feridos em decorrência deste novo ataque. Contudo, a situação é monitorada em tempo real e atualizações serão fornecidas conforme a evolução dos fatos.
Segundo informações da Mehr, agência de notícias semioficial iraniana, o ataque deste domingo incluiu o lançamento de pelo menos 50 mísseis em direção a Israel.
Mortes e feridos somam centenas nos últimos bombardeios
Entre a noite de sábado (14/6) e a madrugada de domingo, o Irã já havia iniciado uma nova série de ataques, que resultaram em 10 mortos e aproximadamente 250 feridos em Israel. Com os ataques mais recentes, o total de vítimas israelenses chega a 13 mortos e mais de 380 feridos, de acordo com balanço divulgado pelas autoridades locais.

No lado iraniano, as informações são mais restritas. O governo do Irã optou por suspender a atualização oficial do número de mortos e feridos, mas os últimos dados apontavam para pelo menos 78 mortes e cerca de 320 feridos em território iraniano.
Em resposta aos mísseis disparados por Teerã, Israel lançou uma série de bombardeios diretos na capital iraniana neste domingo. Fontes militares informaram que os alvos foram instalações de produção de armas nucleares e navios-tanque de combustível, ações que, segundo as autoridades israelenses, visam minar a capacidade bélica do regime iraniano.
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Netanyahu promete retaliação severa
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitou pessoalmente áreas atingidas pelos ataques e, em um discurso duro, prometeu vingança pelos mortos civis israelenses.
“O Irã pagará um preço muito alto pelo assassinato de mulheres, crianças e civis inocentes – e isso acontecerá em breve”, declarou Netanyahu em pronunciamento transmitido para todo o país.
O governo israelense reiterou que não vai tolerar ataques contra seu território e prometeu ampliar operações militares caso o Irã mantenha a ofensiva.
Veja fotos de ataques do Irã a Israel:


Irã diz não querer expandir conflito,
Do lado iraniano, o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, afirmou neste domingo que o Irã não tem interesse em regionalizar o conflito, mas condicionou o cessar dos ataques à interrupção das ações militares de Israel contra os iranianos. Para Araqchi, Israel estaria deliberadamente tentando arrastar a guerra para outros países do Golfo Pérsico, o que classificou como um “erro estratégico”.
O chanceler iraniano também voltou a apontar o dedo para os Estados Unidos. Ele acusou o ex-presidente Donald Trump de apoiar as ofensivas israelenses.
“É necessário que o governo dos EUA condene o ataque às instalações nucleares e se retire explicitamente deste conflito para provar suas próprias boas intenções”, disse Araqchi durante uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU.
Segundo ele, o Irã dispõe de “evidências sólidas” de que militares norte-americanos teriam apoiado operações do “regime sionista” contra o território iraniano.
Trump nega envolvimento e faz nova ameaça ao Irã
Em resposta, Donald Trump negou qualquer envolvimento direto dos Estados Unidos no bombardeio às instalações iranianas na noite de sábado. Porém, deixou claro que, caso o Irã ataque cidadãos ou interesses norte-americanos, a retaliação será “em níveis nunca antes vistos”.
*Com informações de Metrópoles