O presidente da Guiana, Irfaan Ali, anunciou que nesta quarta-feira (6/12) vai recorrer ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) após as recentes ações da Venezuela de anexar o território de Essequibo.
“Levarei esse assunto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que as ações apropriadas sejam tomadas”, anunciou Ali.
“A Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei”, complementou.
A expectativa havia sido criada após uma fala do procurador-geral guianense, Anil Nandlall, também na terça-feira (5/12).
“Qualquer ação ou tentativa de tomar qualquer ação em virtude do referendo requererá recorrer ao Conselho de Segurança da ONU”, havia afirmado Nandlall.
Nesta terça-feira (5/12), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou uma série de ações e medidas de seu governo para criação de uma nova província, além de nomear o general Rodriguez Cabello como autoridade única da região de Essequibo e divulgou um novo mapa do país.
O presidente guianês vê a situação como um “desrespeito flagrante”, e o procurador chegou a garantir que a Guiana apelaria aos artigos 41 e 42 da Carta das Nações Unidas, que possibilita o uso de ação militar e sanção por parte do Conselho de Segurança da ONU.
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Fronteira brasileira
O Exército Brasileiro (EB) confirmou a ampliação do reforço da vigilância nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, e ressaltou que o movimento na fronteira tem sido “normal”.
O EB destacou ainda o reforço através da 1ª Brigada de Infantaria de Selva e de 16 viaturas blindadas em Roraima. A brigada possui um efetivo de quase dois mil militares, e os blindados serão deslocados das regiões Sul e Centro-Oeste, com previsão de chegada em 20 dias, em Boa Vista.
Veja a íntegra da nota do EB:
“O Centro de Comunicação Social do Exército informa que, conforme sua missão Constitucional de Defesa da Pátria, o Exército Brasileiro vem mantendo, através de seu Sistema de Inteligência e de alertas, constante monitoramento e prontidão de seus efetivos para garantir a inviolabilidade de nossas fronteiras. Nesse contexto, foi antecipado um reforço de tropas e meios de emprego militar nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, além disso a 1ªBrigada de Infantaria de Selva, em Roraima, com seu efetivo de quase dois mil militares intensificou sua ação de presença naquela faixa de fronteira visando atender, em melhores condições, à missão de vigilância e proteção do território nacional.
*com informações Metrópoles