Com a participação de estudantes, moradores locais e militares, a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) tem conduzido escavações em Huqoq, perto da Galileia, nos últimos meses. Foi assim que um menino de 13 anos encontrou um anel de milhares de anos escondido em um dos esconderijos subterrâneos.
“Um pequeno objeto incomum chamou a minha atenção. No início, não entendi do que se tratava, mas depois olhei mais de perto e reconheci um buraco. Quando apresentei a descoberta a um arqueólogo, ele confirmou que era um anel antigo”, disse o garoto.
Conforme repercutido pelo site da revista Galileu, o acessório de cobre tem cerca de 2 mil anos. No centro do objeto, há um buraco, que os especialistas acreditam que era ocupado por uma pedra preciosa.
“Tal anel remonta ao período da Rebelião de Bar Kokhba. Junto de outras descobertas, o anel reforça as evidências de que houve atividade humana em uma caverna durante os preparativos para a rebelião ou durante a própria rebelião”, esclareceram Uri Berger e Yinon Shivtiel, encarregados pela administração da escavação.
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Passagens subterrâneas
Os arqueólogos e voluntários também descobriram uma rede de túneis ocultos que remetem a Revolta de Bar Kokhba, um conflito que ocorreu entre 132 e 135 d.C., e ficou marcado pela insurgência dos judeus contra o Império Romano.
Classificado como o maior sistema de esconderijos da Galileia, os oito espaços serviram como abrigos subterrâneos por serem estreitos e baixos, permitindo um deslocamento seguro entre as moradias. Por serem anguladas a noventa graus, romanos armados com equipamentos pesados não conseguiram transitar pelas passagens.