Familiares de uma brasileira, que moram em Goiás, procuram há mais de duas semanas Umm Abdo (pseudônimo), de 40 anos, ex-nora de um dos fundadores do grupo extremista Hamas, que vive na Faixa de Gaza com os sete filhos.
A brasileira casou com Said Dukhan em 2005. Ele é filho de Abd al-Fatah Dukhan, também conhecido como um dos líderes da Primeira Intifada (revolta palestina contra Israel), entre 1987 a 1993.
Dukhan, fundador do Hamas, o ex-sogro de 87 anos, morreu por causas naturais já no início da guerra entre o governo israelense e o grupo extremista, que começou em sete de outubro.
A informação é do jornal Folha de S.Paulo, o qual diz que as autoridades brasileiras desconhecem onde e como estão Abdo e seus filhos. O jornal teria entrevistado a mulher em 2014.
Leia também:
” Entendi a armadilha em que caí”, diz deputada francesa que teria sido drogada por senador
VÍDEO: Cachorro fica bêbado ao lamber garrafas de vodca e licor
Ator do personagem Kiko, da série Chaves é diagnosticado com câncer de próstata
Permanência em Gaza
Em 2022, após Umm Abdo acusar o marido de violência doméstica, conseguiu divórcio e perdeu guarda dos filhos, mas decidiu permanecer em Gaza para ficar com eles. A brasileira teve a oportunidade de deixar o território ao lado do grupo de 32 repatriados pelo governo federal.
A família de Umm Abdo disse estar preocupada, pois a comunicação com os parentes em Gaza ocorria pelas redes sociais e por um número de telefone palestino. Mas as respostas da brasileira pararam de chegar, o que preocupou a família.
A história de Umm Abdo
Aos sete anos de idade, a brasileira teve o primeiro contato com o islã aos sete anos quando leu um livro sobre o conflito histórico entre Palestina e Israel.
Natural de Criciúma, Santa Catarina, Umm Abdo cresceu no Rio Grande do Sul. Ela conheceu o ex-marido pela internet e, aos 20 anos, se mudou para Gaza, onde teve sete filhos com idades entre 4 e 17 anos. Não há evidências que liguem a mulher ao Hamas e a atos extremistas.
O nome Umm Abdo (em tradução literal do árabe, “mãe de Abdo”) foi usado para preservar a identidade da mulher. Por questões de segurança, ela também não permitiu que fotos fossem tiradas pela Folha.
*com informações Metrópoles