O presidente do Equador, Daniel Noboa, baixou um decreto declarando a existência de um “conflito armado interno” em nível nacional, ordenando o emprego de militares para enfrentar facções criminosas e classificando-as como organizações terroristas, o país contabiliza 9 mil detenções.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (20/2) pelo governo equatoriano, que afirma ter acusado 241 pessoas de terrorismo e apreendido mais de 62 toneladas de drogas, 2,6 mil armas de fogo, 12,4 mil explosivos, 186 mil projéteis e 3,8 mil armas brancas.
Leia também:
Igreja Católica do Equador classifica eutanásia como diabólica
Quase 5 mil pessoas foram presas desde janeiro no Equador
Ainda segundo o comunicado, foram realizadas 157 operações contra o terrorismo, que mobilizaram mais de 112 mil agentes.
Noboa declarou estado de exceção no país em 8 de janeiro, após fugas de presidiários e a invasão, por homens armados, de uma emissora de TV pública durante a programação ao vivo.
Os dados divulgados pelo governo equatoriano incluem ainda a recaptura de 34 dos 90 presos que fugiram em motins no início do ano. Na ocasião, os presidiários fizeram 200 reféns, entre guardas e policiais, que eventualmente foram liberados.
Nesta terça, o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, Jaime Vela, anunciou que os militares continuarão controlando as prisões do país “até que seja necessário”.
Entidades de defesa dos direitos humanos têm apontado excessos e violações contra os presidiários por parte dos militares. O caso está em apuração pela Defensoria Pública, que conseguiu adentrar as prisões pela primeira vez em cinco anos, escoltada por agentes de segurança.
*Com informações CNN