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Empresária do Afeganistão revela que viveu durante 10 anos como menino para fugir dos costumes islâmicos

Após sofrer ameaça de um desconhecido, aos quatro anos de idade, a jovem Nilofar Ayoubi, de 27 anos, teve que assumir uma figura masculina durante 10 anos, para fugir da repressão do grupo Talibã, no Afeganistão. Na época mulheres sobreviviam a uma série de restrições por meio da Sharia, lei baseada nos costumes islâmicos.

Entre as medidas, o governo talibã proibiu mulheres de estudarem, trabalharem, e até mostrarem o rosto e andarem sozinhas em público.

Em entrevista à BBC, Ayoubi contou que a decisão de esconder sua identidade foi tomada por seu pai, quando soube que um homem apalpou o peito dela procurando por “sinais de feminilidade”. Com o ato, o estranho ainda deu um tapa no rosto e em seguida ameaçou que, se ela não usasse um véu, atacaria a família dela da próxima vez.

“Cheguei em casa chorando, meu pai ficou vermelho de raiva”, disse. Foi então que o pai da garota tomou uma decisão. “Ele pegou uma tesoura, cortou meu cabelo e disse à minha mãe: ‘Vista-a como um menino’”, lembrou Ayoubi.


Leia mais:

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A jovem, nascida em 1996, conta que sentiu mais liberdade ao assumir a aparência masculina.

“Como menino, você automaticamente tem poder, mesmo sendo uma criança de 2 anos. Isso significa que você recebe mais respeito do que a mãe que lhe deu à luz. A partir dos 4 anos, você pode se tornar acompanhante legal da mulher que te trouxe ao mundo. Ela é sua escrava.”, conta. “Se você é mulher, fica invisível”, reflete Ayoubi.

Após as novas vestimentas, a jovem conta que percebeu a diferença no tratamento até mesmo dentro de casa. As irmãs tinham que cobrir os cabelos e usar roupas longas, escondendo todo o corpo, além de se manter a maior parte do tempo em casa, ocupadas, e em silêncio. Enquanto isso, Ayoubi podia ter aulas de caratê e judô e era livre para brincar na rua.

“Comecei a receber o mesmo tratamento que meus irmãos. Podia ir com meu pai ao mercado vestido de menino. Poderíamos caminhar quilômetros e quilômetros. Pegávamos ônibus para assistir esportes, eu tinha amigos na vizinhança e ficava o tempo todo brincando na rua”, lembra.

“Nunca me conectei com minhas irmãs. Nunca entendi como era o mundo delas. Eu nem sabia que as meninas menstruavam”, confessa.

 

Aos 13 anos, a vida de Nilofar voltou a mudar, após a aula de judô, veio a primeira menstruação. A jovem relembra que, naquele dia, viu sua mãe chorar e sentiu “tanta raiva por ser mulher que, à noite, chorava na cama”.

Alguns direitos começaram a chegar às mulheres, em 2001, quando um novo governo lutava para manter o controle, com isso, Nilofar pôde ir à escola.

O bom desempenho acadêmico de Ayoubi fez com que ela conseguisse estudar no exterior, na Índia. Depois, ingressou em um mestrado e se casou, em 2016, aos 19 anos.

Ao voltar para o Afeganistão, ela se tornou empreendedora e criou uma rede de lojas focada em empregar mulheres sem apoio financeiro de um homem.

*com informações de Metrópoles

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Após sofrer ameaça de um desconhecido, aos quatro anos de idade, a jovem Nilofar Ayoubi, de 27 anos, teve que assumir uma figura masculina durante 10 anos, para fugir da repressão do grupo Talibã, no Afeganistão. Na época mulheres sobreviviam a uma série de restrições por meio da Sharia, lei baseada nos costumes islâmicos.

Entre as medidas, o governo talibã proibiu mulheres de estudarem, trabalharem, e até mostrarem o rosto e andarem sozinhas em público.

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“Cheguei em casa chorando, meu pai ficou vermelho de raiva”, disse. Foi então que o pai da garota tomou uma decisão. “Ele pegou uma tesoura, cortou meu cabelo e disse à minha mãe: ‘Vista-a como um menino’”, lembrou Ayoubi.


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Após as novas vestimentas, a jovem conta que percebeu a diferença no tratamento até mesmo dentro de casa. As irmãs tinham que cobrir os cabelos e usar roupas longas, escondendo todo o corpo, além de se manter a maior parte do tempo em casa, ocupadas, e em silêncio. Enquanto isso, Ayoubi podia ter aulas de caratê e judô e era livre para brincar na rua.

“Comecei a receber o mesmo tratamento que meus irmãos. Podia ir com meu pai ao mercado vestido de menino. Poderíamos caminhar quilômetros e quilômetros. Pegávamos ônibus para assistir esportes, eu tinha amigos na vizinhança e ficava o tempo todo brincando na rua”, lembra.

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