Dois suspeitos do roubo do Louvre, presos em Paris, admitem envolvimento no furto das joias

Uma escada é vista com policiais científicos trabalhando embaixo dela no Museu do Louvre em 19 de outubro de 2025 em Paris, França (Foto: Remon Haazen/Getty Images).
A promotoria de Paris informou nesta quarta-feira (29/10) que dois suspeitos presos em conexão com o roubo das joias da coroa francesa no Museu do Louvre admitiram envolvimento no furto e foram mantidos sob custódia. Eles foram presos na noite de sábado e mantidos sob custódia, onde foram interrogados por 96 horas.
O roubo – um assalto audacioso, que durou sete minutos em plena luz do dia, à galeria Apolo do Louvre no último dia 19 – capturou a atenção do mundo inteiro depois que ladrões escaparam com joias avaliadas em dezenas de milhões. O assalto deixou o museu, uma das maiores atrações turísticas do mundo, fechado por três dias.
O primeiro suspeito, de 34 anos, é de nacionalidade argelina. Ele tinha antecedentes criminais por infrações de trânsito e foi identificado por meio de DNA encontrado em uma das scooters.
O segundo suspeito, de 39 anos, é motorista de táxi ilegal e entregador nascido em Aubervilliers, um subúrbio de Paris. Ele já era conhecido da polícia por roubo qualificado. Seu DNA foi encontrado em um pedaço de vidro quebrado de uma das vitrines, segundo a promotoria.
Mais de 100 investigadores estiveram envolvidos na busca pelos suspeitos, e as autoridades conseguiram localizá-los após analisarem mais de 150 amostras de DNA e examinarem diversos itens deixados para trás pelo grupo, como luvas, um capacete e coletes de alta visibilidade encontrados no local.
Um dos homens foi preso no Aeroporto Charles de Gaulle quando tentava deixar o país. Ele foi detido durante uma verificação de passaportes antes de embarcar em um voo noturno para a Argélia.
As joias roubadas – entre elas um colar de esmeraldas cravejado com mais de 1.000 diamantes, presente de Napoleão à sua segunda esposa – ainda não foram recuperadas.
Dois outros suspeitos continuam foragidos.
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Entre as oito joias roubadas pelos ladrões, estavam a tiara da imperatriz Eugênia (esposa de Napoleão III), com quase 2.000 diamantes, e o colar de safiras de Maria Amélia (esposa do rei Luís Filipe I) e Hortênsia de Beauharnais (mãe de Napoleão III).
O prejuízo é estimado em 88 milhões de libras (R$ 550 milhões), sem contar a perda patrimonial histórica, de valor inestimável, apontou a promotora de Paris, Laure Beccuau, à emissora RTL.
*Com informações de CNN Brasil






