Coreia do Norte pode estar desenvolvendo arma nuclear que pode atingir os Estados Unidos

(Foto: reprodução/KRT)
O presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, afirmou nesta quinta-feira (25/9) que a Coreia do Norte está na fase final do desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) com capacidade para carregar ogiva nuclear e atingir os Estados Unidos. Segundo ele, o regime de Kim Jong-un ainda não dominou a tecnologia de reentrada atmosférica, mas deve superar essa limitação em breve.
A declaração foi dada durante visita de Lee a Nova York, onde participou de um encontro com investidores na Bolsa de Valores, paralelo à Assembleia Geral da ONU. O líder sul-coreano destacou que pretende reduzir riscos geopolíticos na região para atrair investimentos estrangeiros e estimular a economia do país.
“Eles continuam avançando no desenvolvimento de mísseis capazes de atingir os EUA. Ainda não completaram a tecnologia de reentrada, mas estão muito próximos disso”, disse Lee.
No ano passado, Pyongyang testou seu maior ICBM até agora, o Hwasong-19, que chegou a sair da atmosfera terrestre. Especialistas apontam que, embora esses armamentos tenham alcance suficiente para atingir qualquer ponto dos EUA, ainda há dúvidas sobre a capacidade norte-coreana de guiar os projéteis e proteger as ogivas nucleares durante a reentrada.
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Lee afirmou ainda que os norte-coreanos já dispõem de arsenal nuclear suficiente para garantir a sobrevivência do regime e pediu negociações para conter a produção de novas armas, evitando também sua possível venda para outros países. “Devemos buscar a redução do arsenal no médio prazo e a desnuclearização completa a longo prazo”, afirmou.
O presidente sul-coreano defendeu que o republicano Donald Trump, atual presidente dos EUA, é hoje o único interlocutor com condições de avançar em um processo de negociação com Kim Jong-un. Trump já havia sinalizado interesse em se reunir com o líder norte-coreano ainda este ano.
Apesar dos apelos de Seul, Pyongyang rejeitou recentes propostas de diálogo entre as duas Coreias, mantendo o impasse diplomático na região.
*Com informações da CNN Brasil.
