O Conclave – votação para a escolha do novo papa – começa nesta quarta-feira (6/5). Como parte do protocolo, os cardeais ficarão completamente isolados até a nomeação no maior pontífice do catolicismo mundial. Entre as normas de isolamento estão a suspensão de contato com o mundo externo e a suspensão de sinais de celular a partir desta quarta-feira (7/5), segundo a mídia estatal italiana.
Os cardeais terão que entregar os celulares e todos os dispositivos eletrônicos nesta terça-feira (6/5). O bloqueio do sinal não afetará a Praça de São Pedro, onde o público costuma se reunir, conforme o porta-voz do Vaticano.

Quebra de sigilo
O conclave papal é cheio de mistério e suspense devido ao rigoroso juramento de silêncio exigido dos participantes. Segundo o especialista em assuntos do Vaticano, Raylson Araujo, existem consequências para aqueles que quebram o voto de sigilo.
O especialista disse à CNN que as punições podem variar segundo a posição do indivíduo dentro da hierarquia eclesiástica. Para funcionários comuns, como membros da equipe de limpeza, a violação do sigilo pode resultar em substituição imediata ou demissão.
Já os cardeais enfrentam situação mais delicada durante o Conclave.
“Entre os cardeais, a situação fica um pouco mais complicada porque ele precisa estar ali, ele tem que continuar, ele precisa exercer esse direito que um dia a Igreja confiou em ele para que ele pudesse dar o seu voto”, disse Araújo.
Mesmo sem casos de infrações por parte dos cardeais durante o Conclave, caso isso aconteça agora, o religioso responsável pode ser afastado do centro das atenções, para minimizar o impacto de qualquer informação vazada.
Leia também:
Santa Sé confirma que todos os 133 cardeais já estão em Roma para o Conclave
Velório do Papa é encerrado; Lula e comitiva brasileira comparecem; Conclave começa em maio
Morte do papa
Um acidente vascular cerebral (AVC), seguido de um quadro de insuficiência cardíaca, foram as causas da morte do Papa Francisco, informou nesta segunda-feira (21/4) o Vaticano.

O boletim médico do Vaticano foi assinado por Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano.
Segundo a certidão médica que atestou a morte, o pontífice sofreu um AVC, entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília).
O boletim médico informa que o quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasia múltipla, hipertensão e diabetes tipo 2. A morte foi confirmada por um exame de eletrocardiograma.