Cientistas dos Estados Unidos concluíram que a maconha não é uma droga arriscada nem tão propensa ao abuso quanto outras substâncias rigidamente controladas. Além disso, os pesquisadores afirmam que a planta tem benefícios médicos em potencial, e, portanto, recomendaram a retirada da erva da categoria de drogas mais restritivas.
A maconha é considerada uma droga de Classe I, na mesma categoria da heroína e cocaína, desde 1970. Dentro dessa classificação, as drogas não são indicadas para uso médico, e têm alto potencial de abuso e dependência. Elas também são criminalizadas com previsão de penas graves de acordo com as leis federais de tráfico.
Cientistas da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), Agência de Vigilância Sanitária Americana e do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, recomendaram que a Administração de Combate às Drogas (DEA) classificasse a maconha como uma droga de Classe III, ao lado de substâncias como a cetamina e testosterona, que estão disponíveis sob prescrição médica.
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A recomendação é avaliada pelo DEA, que deve anunciar formalmente a decisão nos próximos meses, após debates públicos serem realizados. A avaliação científica, no entanto, gerou conflitos e tensões entre funcionários de carreira do órgão, notoriamente conservadores, e pesquisadores e autoridades de saúde que apoiam a mudança de classificação, segundo servidores de alto escalão na administração.
No fim do ano passado, Michael Miller, um oficial do Departamento de Justiça, defendeu a prerrogativa da DEA de tomar a decisão final sobre a situação da maconha no país em uma carta ao deputado Earl Blumenauer, democrata do Oregon, que pressionou a DEA a reconsiderar a maconha.
*com informações Metrópoles