Um acordo de cessar-fogo e troca de reféns está sendo discutido entre mediadores do Catar com Israel e o grupo Hamas, de acordo com as informações da agência Reuters. A negociação libertaria cerca de 50 reféns civis de Gaza em troca de um cessar-fogo de três dias.
A negociação, em discussão, foi coordenada pelos EUA e permitiria que Israel libertasse algumas mulheres e crianças palestinianas das prisões israelitas e aumentasse a quantidade de ajuda humanitária permitida em Gaza, disse uma autoridade informada sobre as negociações à agência.
De acordo com ela, o Hamas concordou com os termos do acordo, mas Israel ainda pleiteia outros detalhes para selar o tratado.
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Mediação Catar
O estado do Catar, tem visto a oportunidade de intermediar a negociação pela comunicação direta com o Hamas e Israel. Anteriormente, ajudou a mediar a libertação de duas reféns americanas.
Caso os mediadores do Catar consigam o acordo seria a maior libertação de reféns detidos pelo Hamas desde que o grupo militante palestino invadiu a fronteira de Gaza, atacou partes de Israel e levou reféns para o enclave.
Não foi esclarecido a quantidade das mulheres e crianças palestinianas que Israel libertaria das suas prisões como parte do acordo em discussão.
As discussões do acordo na libertação de 50 prisioneiros civis, em troca de uma trégua de três dias e de o Hamas ter concordado com as linhas gerais do acordo não foram relatados anteriormente.
Também foi discutido que o Hamas entregasse uma lista completa dos restantes reféns civis vivos detidos em Gaza. Uma libertação mais abrangente de todos os reféns não está atualmente em discussão.
Segundo a agência, Israel ainda não respondeu já que se recusaram a fornecer comentários detalhados sobre as negociações dos reféns, alegando relutância em debilitar a diplomacia ou alimentar a “guerra psicológica” por parte de militantes palestinos.
O Ministério das Relações Exteriores do Catar e o escritório político do Hamas em Doha não quiseram comentar.
Impasses do acordo
Na segunda-feira (13/11), o braço armado do Hamas, as Brigadas Qassam, disse aos negociadores do Catar que estava disposto a libertar até 70 mulheres e crianças em troca de uma trégua de cinco dias.
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, afirmou na terça-feira (14/11) que “temos trabalhado incansavelmente para a libertação dos reféns, inclusive usando maior pressão desde o início da incursão terrestre”.
Com o avanço da guerra e os problemas de comunicação existentes, não há certeza que o Hamas possa cumprir o acordo em fornecer uma lista precisa dos reféns que mantém.
Reunir os reféns para qualquer libertação simultânea, que Israel deseja, seria logisticamente difícil sem um cessar-fogo, disse outra fonte na região com conhecimento das negociações.
Também houve incerteza sobre se a liderança militar e política do Hamas estava de acordo, embora esta questão tenha sido posteriormente resolvida, e também preocupação de que a pressão militar israelita estivesse a dificultar o acordo, disse a mesma fonte.
*com informações Reuters