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Caso Epstein: fotos desaparecem de página do governo; uma delas mostra Trump

Escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein continua rendendo polêmica após divulgação de documentos da Justiça americana
21/12/25 às 13:17h
Caso Epstein: fotos desaparecem de página do governo; uma delas mostra Trump

Jeffrey Epstein, preso por crimes sexuais, em fotografia tirada pela Divisão criminal de justiça de Nova York (Foto: New York State Division of Criminal Justice Services/Handout/File Photo via REUTERS).

Pelo menos 16 arquivos desapareceram da página do Departamento de Justiça do governo dos Estados Unidos com documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein, menos de um dia após serem publicados. Nenhuma explicação oficial foi dada ao público.

Ao todo, 16 fotos foram retiradas, em algum momento do sábado (20/12), do site criado pelo departamento para abrigar os arquivos, entre elas, uma das poucas que continham o presidente Donald Trump. Na sexta (19), as imagens estavam disponíveis.

As fotos incluíam imagens de pinturas retratando mulheres nuas, e uma que mostrava uma série de fotografias ao longo de um aparador e em gavetas. Essa última imagem mostra, dentro de uma gaveta entre outras fotos, uma fotografia de Trump, ao lado de Epstein, da primeira-dama Melania Trump e da associada de Epstein, Ghislaine Maxwell.

O Departamento de Justiça não respondeu a perguntas no sábado sobre o motivo do desaparecimento dos arquivos, mas disse em uma postagem no X que “fotos e outros materiais continuarão sendo revisados e editados de acordo com a lei, por cautela, à medida que recebermos informações adicionais.”

Democratas do Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados imediatamente destacaram a ausência da foto de Trump, republicando-a nas redes sociais e perguntando à secretária de Justiça dos EUA, Pam Bondi, se era verdade que a imagem havia sido retirada. “O que mais está sendo encoberto?”, dizia a postagem. “Precisamos de transparência para o público americano.”

As dezenas de milhares de páginas tornadas públicas no final da semana passada ofereceram poucas novas informações sobre os crimes de Epstein ou as decisões da promotoria que permitiram que ele evitasse acusações federais graves por anos. Materiais muito aguardados também ficaram de fora, incluindo entrevistas do FBI com vítimas e memorandos internos do Departamento de Justiça sobre as decisões de acusação. Nas imagens divulgadas, aparecem o ex-príncipe Andrew, da família real britânica, há muito associado a Epstein, e também o ex-presidente democrata Bill Clinton. Foram divulgadas pouquíssimas fotos com Trump.


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Entenda o caso: Quem foi Jeffrey Epstein?

O financista e empresário bilionário Jeffrey Epstein foi acusado de abusar sexualmente de centenas de meninas menores de idade entre os anos 1990 e 2000. Ele, que tinha conexões em altos níveis da política e do show business americanos, oferecia dinheiro às vítimas e também as instruía a recrutar outras meninas para os abusos. A sua companheira, Ghislaine Maxwell, também participava do esquema sexual, recrutando garotas.

No ano 2000, ele lançou uma fundação homônima com sede nas Ilhas Virgens, nos EUA. O local teria sido montado para receber os clientes e as vítimas do magnata. Celebridades e políticos teriam feito parte do esquema.

Epstein foi preso pela primeira vez em 2008, após se declarar culpado em um acordo polêmico que lhe garantiu uma pena leve.

Em 2019, novas investigações federais levaram a uma outra prisão. Epstein foi encontrado morto em sua cela em agosto do mesmo ano. A morte foi registrada como suicídio, mas gerou teorias da conspiração que duram até hoje. O caso deu origem à minissérie documental “Jeffrey Epstein: Poder e Perversão”, da Netflix.

Trump e Epstein foram amigos durante os anos 1990 e início dos anos 2000. Frequentaram festas juntos e aparecem em registros fotográficos em eventos sociais. O atual presidente dos EUA sempre negou envolvimento no esquema.

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Donald Trump e a esposa Melania, fotografados com Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell no começo dos anos 2000 (Foto: Davidoff Studios/Getty Images).

*Com informações de G1 e Folha de S. Paulo