Uma declaração conjunta, assinada por 17 países, nesta terça-feira (23/04), faz um apelo pela libertação imediata de todos os reféns detidos há mais de 200 dias pelo Hamas na Faixa de Gaza. Entre os signatários, estão o Brasil e os Estados Unidos.
Em outubro de 2023, o grupo terrorista fez o primeiro ataque a Israel. Além da liberação dos reféns, o documento afirma que um cessar-fogo “facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a toda a Faixa de Gaza e conduziria ao fim crível das hostilidades”.
O apelo pela libertação dos reféns ressalta que entre os sequestrados pelo Hamas estão nacionais dos países e que o destino da população de Gaza e dos aprisionados são motivo de preocupação internacional.
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Segundo o documento, “os habitantes de Gaza poderiam regressar a suas casas e as suas terras, com preparativos prévios para garantir abrigo e provisões humanitárias”, diz o texto.
A nota é assinada além do Brasil e Estados Unidos, por Argentina, Alemanha, Áustria, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Hungria, Polônia, Portugal, Romênia, Reino Unido, Sérvia e Tailândia. Todos os países tem cidadãos entre os sequestrados pelo Hamas.
“Reiteremos o nosso apelo ao Hamas para que liberte os reféns e nos deixe pôr fim a esta crise para que, coletivamente, possamos concentrar os nossos esforços em trazer paz e estabilidade à região”, encerra o texto.
Ao final de um café com jornalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que tinha assinado o texto, negociado com Estados Unidos e os demais países.
Cerca de 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas em Israel no dia 7 de outubro do ano passado, dando início a uma ofensiva violenta de Israel contra a Faixa de Gaza, na caça aos militantes do Hamas. Parte dos sequestrados foi libertada durante um breve cessar-fogo em novembro.
Michel Nisenbaum, de 59 anos, sequestrado pelo Hamas, é brasileiro, mas mora em Israel desde a adolescência. Outros três brasileiros foram mortos pelo grupo no dia do ataque.