O governo federal divulgou nesta terça-feira (13/5) uma declaração conjunta com a China sobre a guerra na Ucrânia, em que o presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva e o líder chinês, Xi Jinping, concordam com a proposta do presidente russo, Vladimir Putin, feita no sábado (10/5), sobre manter diálogo com Kiev.
“Superar a insensatez dos conflitos armados também é pré-condição para o desenvolvimento. Os “Entendimentos Comuns entre o Brasil e a China para uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia” oferecem base para um diálogo abrangente que permita o retorno da paz à Europa”, afirmou o presidente do Brasil, referindo-se a proposta divulgada pelo país e pela China em 2024.
As duas nações declararam que “esperam que se inicie, no menor prazo possível, um diálogo direto entre as partes” como formato unificado para o fim da guerra na Europa.
Ainda na declaração, há um trecho em que afirma que os países aguardam “a manifestação positiva” do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Leia o documento completo:
Declaração conjunta Brasil-China sobre a crise na Ucrânia
(Pequim, 13 de maio de 2025)
1. O Brasil e a China acolhem a proposta feita pelo presidente Vladimir Putin no dia 10 de maio de abrir negociações para a paz, bem como a manifestação positiva de Volodymyr Zelensky no mesmo sentido.
2. Os governos do Brasil e da China esperam que se inicie, no menor prazo possível, um diálogo direto entre as partes, única forma de pôr fim ao conflito.
3. O Brasil e a China avaliam positivamente os recentes sinais de disposição ao diálogo e manifestam sua expectativa de que as partes possam alcançar um entendimento que viabilize o início de negociações frutíferas, que contemplem as preocupações legítimas de todas as partes.
Eles consideram necessário encontrar uma solução política para a crise na Ucrânia em suas raízes com vistas a um acordo de paz duradouro e justo, que seja vinculante para todas as partes no final.
4. Comprometidos com esse objetivo, em maio de 2024 o Brasil e a China conclamaram todas as partes a criar condições para a retomada do diálogo e, em setembro, lançaram nas Nações Unidas o Grupo de Amigos da Paz, que congrega países do Sul Global.
5. O Brasil e a China seguem à disposição, junto com o Sul Global, para continuar apoiando os esforços para pôr fim ao conflito.
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* Com informações da CNN