
Bombardeios russos em Kiev e outras grandes cidades deixa espaço aéreo ucraniano em alerta
Uma chuva de mísseis sobre Kiev e outras grandes cidades ucranianas causou pelo menos quatro mortes de civis e 90 feridos no país nesta terça-feira (2/1). O presidente Volodymyr Zelensky denuncia uma campanha de “terror russo” após os novos ataques à Ucrânia.
As Forças Armadas de Kiev afirmam que a Rússia disparou 99 mísseis, dos quais 72 foram abatidos pela defesa ucraniana e, durante a noite foram abatidos 35 drones Shahed de fabricação iraniana lançados por Moscou.
Na manhã desta terça-feira (2/1), os militares ucranianos disseram ter detectado bombardeiros russos no seu espaço aéreo e alertas aéreos foram emitidos em todo o país. Explosões e incêndios foram relatados.
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Na segunda-feira (1°/1), a Rússia anunciou que intensificaria os seus ataques em retaliação ao bombardeio em Belgorod no sábado (30/12), atribuído à Ucrânia. O ataque sem precedentes à cidade russa deixou 25 mortos, incluindo cinco crianças.
Cerca de 250 mil pessoas estão sem luz em Kiev e na sua região metropolitana, segundo a operadora nacional. O alerta antiaéreo continua em vigor, vários edifícios foram afetados pelos bombardeios e a rede elétrica está instável em alguns locais da capital.
O exército polonês anunciou nesta terça-feira que retirou os seus caças F-16 para monitorizar a fronteira com a Ucrânia, na sequência dos bombardeios russos em massa no país vizinho.
“Para garantir a segurança do espaço aéreo polonês, foram ativados dois pares de caças F-16 e um avião-tanque aliado”, afirmou o comando operacional do exército polonês, em um comunicado.
O presidente ucraniano usou o X (antigo Twitter) para informar que as operações de resgate, após outro ataque russo, continuam com mais de 500 socorristas do Serviço de Emergência Estadual, serviços municipais, trabalhadores de energia e policiais. Ele também lamentou a morte de quatro pessoas e aas outras 92 feridas.
“Este ano, continuaremos a trabalhar com todas as pessoas em todo o mundo que valorizam a vida para reforçar o nosso escudo aéreo e responsabilizar a Rússia por tudo o que fez. O Estado terrorista deve sentir as repercussões das suas ações”, escreveu.
*com informações RFI