Apoiadores do ex-presidente boliviano Evo Morales ocuparam, nesta sexta-feira (1º/10), um quartel e estão mantendo pelo menos 20 militares reféns na cidade de Cochabamba, na Bolívia.
As Forças Armadas da Bolívia disseram, em nota, que “grupos armados irregulares” tomaram a unidade, “com o sequestro de pessoal militar, armamento e munição”.
A nota continua:
“Aqueles que realizaram ou pretendem continuar com atos criminosos contra os direitos fundamentais, os direitos humanos, a segurança e a liberdade do povo… são convocados a abandonar suas atitudes e deixar o quartel imediata e pacificamente”.
Uma fonte da Defesa explicou à AFP que há cerca de 20 retidos, entre oficiais e soldados. A água e energia já foram cortados do quartel.
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Vídeos nas redes sociais mostram militares cercados por camponeses. As imagens mostram que grupo está armado com pedaços de madeira. Veja abaixo:
🔴BOLIVIE 🇧🇴| #Tension: des centaines de partisans de l’ex président #EvoMorales ont investi ce vendredi une base militaire de l’armée bolivien (région de Cochabamba) et pris en otage au moins 20 soldats. La situation dans le pays est tendue, des blocages routiers sont en cours. pic.twitter.com/KdncUnwCK7
— Nanana365 (@nanana365media) November 1, 2024
A invasão ao quartel é resposta à intervenção policial e militar contra bloqueios de estradas com o intuito de apoiar Morales. O ex-presidente boliviano está sendo investigado e foi intimado pelo Ministério Público do departamento de Tarija para prestar depoimento dentro do processo por “estupro, tráfico e exploração de pessoas”. Ele teria estuprado uma menor, de acordo com as acusações.
No final de semana passado, Morales postou nas redes que foi alvo de um ataque a tiros. Ele é hoje o principal opositor do governo de seu ex-ministro Luis Arce. Ele o acusa de reabrir o caso como parte de uma “perseguição judicial”.
Com informações de UOL.