Três bebês encontrados em uma bandeja de aço, dentro do que parecia ser um necrotério, em um hospital de Gaza, tinham seus nomes escritos em suas pernas por medo de sempre confundidos.
“Os pais escreveram os nomes de seus filhos nas pernas e no abdômen”, disse Abdul Rahman Al Masri, chefe do departamento de emergência do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa.
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Segundo ele, o receio dos pais era de que as crianças não pudessem ser identificadas após o caos que tem acontecido.
“Isso significa que eles sentem que são alvos a qualquer momento e podem ser feridos ou martirizados”, acrescentou Al Masri.
Os nomes estavam escritos com uma tinta preta. Para Masri, isso mostra o medo e desespero das famílias na região, que segue sob ataques aéreos desde o dia 7 de outubro.
“O que notamos hoje é que muitos pais escrevem os nomes dos filhos nas pernas para que possam ser identificados após ataques aéreos e caso se percam. Este é um fenômeno novo, que acaba de começar em Gaza”, disse.
“Muitas crianças estão desaparecidas, muitas chegam aqui com o crânio quebrado e é impossível identificá-las, exceto por meio dessa escrita”, completou.