Na semana passada, torcedores israelenses foram agredidos em Amsterdã, capital da Holanda, durante a partida de futebol entre Ajax e Maccabi Tel Aviv pela Liga Europa. Ao todo, cinco torcedores ficaram feridos na confusão generalizada, e 62 foram presos.
Agora, jornais internacionais divulgaram que o ataque foi premeditado e combinado em aplicativos de trocas de mensagens. As conversas aconteceram em grupos no WhatsApp e Telegram e foram divulgadas pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal e o britânico Telegraph.
As mensagens foram trocadas na quarta-feira (7/11), um dia antes da partida. “Amanhã, após o jogo, teremos a parte dois da Caça aos Judeus”, diz uma das mensagens. O termo “Caça aos Judeus” é usado para designar uma série de ataques cometidos pelos nazistas em 1941, durante a Segunda Guerra.
Em outro grupo, participantes se referiram aos israelenses como “cachorros com câncer”.
Leia mais:
Israel afirma que novo líder do Hezbollah não vai durar “por muito tempo”
O grupo supostamente ligado aos ataques foi banido, diz Telegram. Ao Wall Street Journal, a plataforma afirmou que está “preparada para colaborar com as autoridades holandesas”.
A prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, que já tinha afirmado que a polícia investigava se os ataques foram premeditados, também confirmou a existência das mensagens e afirmou que o caso “é uma vergonha”.
A confusão ocorreu após manifestantes pró-palestina irem até o estádio Johan Cruyff, onde o jogo foi realizado. Alguns ativistas também denunciaram que “hooligans” israelenses destruíram bandeiras e cuspiram em mulheres de hijab. O Maccabi Tel Aviv perdeu de 5 a 0.
*Com informações de UOL