O cantor cubano Pablo Milanés faleceu, na noite desta segunda-feira (21). O cantor e compositor cubano estava internado num hospital da capital espanhola, Madrid, desde 12 de novembro devido a uma série de “infeções” recorrentes de uma “doença hemato-oncológica” de que padecia há vários anos e que o obrigou a mudar-se para Madrid.
Milanés, uma das vozes mais conhecidos da música cubana, a nível mundial, foi um dos fundadores do movimento da Nova Trova Cubana. Para a história ficam clássicos como “Yolanda“., que teve uma versão muito popular no Brasil gravada na voz de Chico Buarque.
Durante a sua longa carreira editou mais de 40 álbuns e venceu, e entre outros prémios, o Grammy Latino de Excelência Musical.
Começou a cantar em estações de rádio ainda quando era criança. Com seis anos passou a morar em Havana, capital cubana, onde continuou sua formação musical. No início da década de 1960, começou a compor a partir de múltiplas influências, tais como: a tradicional música cubana, a música norte-americana (principalmente o jazz) e a música brasileira.
VEJA MAIS:
Morre Erasmo Carlos, lenda do rock brasileiro
Morre Gal Costa, um dos maiores nomes da MPB
Participou ainda de várias formações vocais, como o “ Cuarteto del rey“, um grupo que adotava o estilo “ negro espiritual“, que interpretou suas primeiras canções em clubes de Havana.
Em 1976, gravou seu primeiro disco com composições próprias: “La vida no vale nada”. Foi uma obra alinhada com os princípios da nova trova cubana e da Nueva Canción Latinoamericana, dentre as canções, merece destaque: “Yo pisaré las calles nuevamente”, que clama pelo retorno da democracia ao Chile, após o Golpe Militar de 1973; e “Canción por la Unidad Latinoamericana”.
No início da década de 1980, lançou discos como: “Yo me quedo“, “El Guerrero“, “Comienzo y final de una verde mañana” e “Querido Pablo” (1985), sendo que esse último disco contou com participações de Victor Manuel, Chico Buarque, Mercedes Sosa e Luís Eduardo Aute.
A família não informou ou deu detalhes do funeral e local de sepultamento do astro cubano, que nunca manifestou o desejo de voltar a Cuba.