O movimento libanês Hezbollah, aliado do Hamas e apoiado pelo Irã, advertiu nesta terça-feira (2/01), que o assassinato do número 2 do grupo islamista palestino, Saleh al Aruri, ocorrido em Beirute, “não ficará sem resposta”
“Nós, o Hezbollah, afirmamos que este crime não ficará sem resposta nem impune”, declarou o grupo libanês em um comunicado.
“Consideramos que o crime de assassinar o xeque Saleh al Aruri […] no coração do subúrbio sul de Beirute é um grave ataque contra o Líbano […] e um acontecimento perigoso no curso da guerra”, acrescentou.
Mais cedo, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, já havia condenado o bombardeio israelense que matou o número dois do movimento islamista e classificou a ação como um “crime”.
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Este novo crime israelense busca arrastar o Líbano para uma nova fase de confronto com Israel. Os enfrentamentos entre o Exército israelense e o Hezbollah libanês, um aliado do Hamas, limitam-se, até o momento, às regiões de fronteira no sul do Líbano.
O exército israelense afirmou hoje que está preparado para “qualquer cenário” depois que Saleh al Aruri morreu no bombardeio. Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, declarou que eles estão em alto nível de preparação para qualquer cenário.
Duas fontes de segurança libanesas afirmaram à AFP que Aruri morreu em um bombardeio israelense em um subúrbio do sul de Beirute, capital libanesa. A imprensa libanesa, por sua vez, reportou que o bombardeio israelense lançado por um drone, deixou seis mortos.
Israel acusou Aruri de organizar múltiplos ataques. O número dois do movimento islamista palestino foi eleito para o cargo em 2017.