Quem sofre com a perda involuntária de urina pode ter dificuldade para manter uma rotina social ativa, deixar hobbies e atividades de lado e até mesmo entrar em depressão. A incontinência urinária é uma condição que afeta o bem-estar e a qualidade de vida de quem a enfrenta.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, incontinência urinária é duas vezes mais comum entre as mulheres do que entre os homens, cerca de 30 a 40% das mulheres com mais de 40 anos apresentam algum grau de incontinência urinária.
Mas, primeiro é preciso entender quais são os tipos de incontinência urinária e seus sintomas:
– incontinência urinária de esforço: o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;
– incontinência urinaria de urgência: mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro;
– incontinência mista: associa os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra;
– enurese noturna: é a incontinência que ocorre durante o sono. O exemplo mais típico é o da criança que faz xixi na cama. Embora a maioria das crianças já tenha aprendido a controlar a micção em torno dos três aos quatro anos de idade, considera-se normal que algumas crianças ainda urinem na cama até os cinco ou seis anos.
A idade é um fator de risco importante, estimando-se que a chance de apresentar incontinência urinária após os 70 anos seja de quatro a cinco vezes maior do que na faixa etária de 20 a 40 anos.
Entretanto, a incontinência urinária não deve ser encarada como normal em nenhuma faixa etária, podendo ser tratada adequadamente na grande maioria dos pacientes. Mas afinal, é possível prevenir a incontinência urinária?
Confira 4 hábitos que você pode começar a adotar agora mesmo:
- Mantenha o peso ideal
A associação entre incontinência e excesso de peso se dá pelo enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, causado pela gordura abdominal, o que leva à chamada incontinência de estresse.
Quando se está acima do peso, aumenta o risco de que uma simples tosse ou uma risada cause a perda de urina involuntária. Pelo mesmo motivo, em alguns casos, a perda de peso pode ser suficiente para aliviar o problema.
2. Não fume
Entre os vários efeitos colaterais do tabagismo, há também um risco aumentado de incontinência. Além disso, a nicotina tem sido associada à incontinência de urgência, caracterizada pela súbita necessidade de fazer xixi.
- Pratique atividades físicas moderadas
Atividades leves como ioga e pilates podem ajudar a prevenir a incontinência já que atividades pesadas como crossfit, podem agravar o quadro. Exercícios que ajudam a manter o peso, são maneiras eficazes para prevenção da incontinência urinária.
- Reduza o álcool e a cafeína
Eles irritam a bexiga, e estão associados à incontinência de urgência. A mesma recomendação também se aplica a bebidas com adoçantes artificiais, alimentos apimentados e frutas cítricas (sucos incluídos).
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Tratamentos para incontinência urinária
O tratamento para incontinência urinária possui diversas linhas, variando de acordo com a causa e intensidade da perda urinária. Conheça os principais tratamentos para combater o problema:
Exercícios do assoalho pélvico: a reeducação pélvica visa fortalecer os músculos do assoalho pélvico através de exercícios físicos específicos. Geralmente, é a primeira linha de tratamento, indicado para pacientes com grau leve.
Medicamentos: se a causa da incontinência urinária tiver origem hormonal, o urologista pode prescrever medicamentos, como anticolinérgicos e estrogênio tópico.
Neuromodulação sacral: a neuromodulação sacral consiste na implantação de dispositivos responsáveis por emitir estímulos elétricos que agem diretamente nos nervos, permitindo que o paciente tenha controle sobre a micção.
Esfíncter artificial: considerado padrão ouro no tratamento da incontinência urinária masculina, o esfíncter artificial é um dispositivo implantável que simula a função esfincteriana de maneira norma, restabelecendo o processo natural de controle urinário.
E LEMBRE-SE: procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta.
*Com informações de Dr. Leonardo Ortigara e Dr. Thiago Vilela.