A Seleção Brasileira volta, nesta quarta-feira (30), aos treinamentos dois dias após vencer a Suíça por 1 a 0. Ontem, o time se reapresentou e iniciou a preparação para o duelo contra Camarões. O confronto encerra a fase de grupos e decidirá a liderança da chave G e o Brasil deverá entrar com um time misto segundo indicou o tecnico Tite.
Com seis pontos e na primeira colocação, a seleção do Brasil precisa do empate para confirmar a liderança. Já Camarões busca os três e torce por uma derrota ou empate da Suíça para conquistar uma colocação entre os dois melhores que avançam para as oitavas de final do Mundial.
Na terça-feira, o coordenador da Seleção Juninho Paulista, o preparador de goleiros Taffarel, o assistente técnico César Sampaio e o observador técnico Ricardo Gomes, todos eles com experiência como atleta em Copa do Mundo, participaram de entrevista coletiva.
O quarteto falou sobre a experiência no torneio e relembrou histórias do período em que defendia a amarelinha dentro do campo.
“Eu vejo ele (Alisson) muito ligado, atento ao jogo. Isso é uma forma também de participar. Acompanhar 100% o jogo é um jeito de participar. Temos uma equipe que defende muito bem. Não defendemos só com zagueiro e lateral, mas também com os caras na frente. Quando você não concede nada ao adversário, você mostra a sua força. O Brasil não é só espetáculo. A gente consegue marcar muito forte também. Eu lembro de 1994 que eu trabalhei muito pouco naquela Copa. A gente tinha essa característica”, relembrou Taffarel, campeão do mundo em 1994.
Emoção de Tite
Uma cena na Copa do Mundo FIFA Qatar 2022 emocionou o técnico Tite. Logo após a vitória sobre a Sérvia por 2 a 0, a família do treinador deixou o Lusail Stadium rumo ao hotel em que está hospedada. Acompanhado dos dois netos, Lucca e Leonardo, a esposa Rose e a filha Fernanda se deslocavam para o metrô quando receberam a ajuda de um torcedor, que ajudou a carregar Lucca e sensibilizou o treinador.
“O esporte proporciona grandes coisas bonitas, principalmente para os mais jovens em termos educacionais. A minha família estava voltando do jogo e até chegar o metrô é longe pra caramba. E os dois são pesadinhos. Transfere um, transfere o outro, um já dormindo. E o Lucca é pesado pra caramba. Nessa troca, veio um torcedor e perguntou se poderia ajudar. Ele pegou meu neto e o carregou um tempo. Isso é um senso de solidariedade que transcende o lado do futebol, que é o lado humano. Claro que a gente quer ganhar e vem aqui para ser campeão. Mas tem algumas coisas que transcendem. É ser solidário. É mostrar o lado humano, não só o técnico”, relatou.