Após muita pressão internacional, a Fifa se manifestou publicamente sobre a possibilidade de abrir um fundo de compensação para os trabalhadores que se feriram durante as obras para a Copa do Mundo do Catar. O vice-secretário geral da entidade, Alasdair Bell, esteve em uma reunião no Conselho da Europa, organização que atua na defesa dos direitos humanos, e disse que a Fifa “certamente está interessada” em levar o assunto adiante.
“É importante tentar identificar qualquer pessoa que tenha se ferido como consequência de seu trabalho na Copa do Mundo, que isso seja corrigido”, afirmou Bell, sem dar maiores detalhes de como a compensação funcionaria e se o dinheiro sairia dos cofres da Fifa, do Governo do Catar ou das empresas de construção.
Em meio às críticas desde que foi escolhido como sede, o Catar instituiu um Fundo de Apoio aos Trabalhadores em 2020. Segundo a ONG Human Rights Watch, a iniciativa pagou US$ 164 milhões em compensação para 36 mil trabalhadores de 17 países, mas o acesso ao programa é limitado, e faltam informações mais detalhadas sobre a distribuição.
Durante o encontro no Conselho da Europa, foi citada mudanças na legislação trabalhista, como ajustes salariais, para defender que há um esforço do governo catari para melhorar as condições dos funcionários da Copa.