Desde ontem, 9, quatro clubes do futebol brasileiro afastaram jogadores com suspeita de envolvimento em manipulações de resultados de jogos. As reações dos clubes ocorrem em resposta aos desdobramentos da Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investiga desde fevereiro manipulação de jogos por apostas das séries A e B do Campeonato Brasileiro.
Ontem, o Santos afastou o zagueiro Eduardo Bauermann. Ele é investigado pela operação e, segundo o clube, o jogador relatou ter recusado prontamente uma tentativa de aliciamento. Bauermann se colocou à disposição da Justiça.
Em conversas de WhatsApp entre dois apostadores esportivos reveladas pela operação, uma pessoa chegou a ameaçar Bauermann de morte.
Leia mais:
Flamengo sofre virada do Athletico-PR e perde 3ª seguida no Brasileirão
Jogador de futebol é condenado por atropelar e matar casal no RJ
Hoje, o Athletico Paranaense acabou de afastar o lateral Pedrinho, após o nome dele ter sido citado nas investigações do MP-GO. Já o Cruzeiro afastou o volante Richard: o nome dele aparece em prints da operação. Ano passado, quando ainda defendia o Ceará, Richard teria recebido um depósito de R$ 40 mil para receber cartão amarelo em partida contra o Cuiabá.
O Fluminense também afastou o zagueiro Vitor Mendes. Ele teria recebido R$ 5 mil, como parte do pagamento de R$ 35 mil, para levar um cartão amarelo ano passado, quando ainda defendia o Juventude, em partida contra o Fortaleza.
O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Fuutebol) se pronunciou hoje: Ednaldo Rodrigues descartou paralisar o Brasileiros das Séries A e B por conta do escândalo de manipulação de jogos. Mesmo assim, ele admitiu que a imagem da competição ficou danificada. Rodrigues afirmou:
“Não temos como suspender a competição. Não é (acusação) de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder de polícia e Justiça”.