Ancelotti lança livro e relembra atritos com dois brasileiros: “Eu era o chefe e tive de lembrá-lo”

Carlo Ancelotti – (Foto: Manuel Serrano Arce/Getty Images).
Carlo Ancelotti, o atual técnico da seleção brasileira, lançou nesta quinta-feira (25/9) o livro “O Sonho – quebrando o recorde de vitória da Champions League”. Na obra, o treinador, que é o maior vencedor da Liga dos Campeões, fez revelações sobre os jogadores com quem trabalhou.
Este é o quinto livro de Carlo Ancelotti. Nos quatro primeiros, o treinador priorizou detalhes sobre a sua vida, gestão de grupos, jogos de Copas e de tática. Dessa vez, o olhar é apenas na Liga dos Campeões, com detalhes das 26 edições em que participou – 22 delas como técnico -, mas menos histórias de bastidores em relação aos anteriores. O novo livro ajuda a entender como é o treinador no dia a dia.
Ancelotti trabalhou com mais de 50 brasileiros desde que ingressou na carreira de treinador em 1995 com a Reggiana, da Itália. Quando foi apresentado como técnico do Brasil em maio, ele disse que teve problema com apenas um brasileiro no futebol. No mais recente livro, ele relata divergências com dois. Um deles foi Rivaldo.
Contratado pelo Milan logo após a Copa do Mundo de 2002, o melhor do mundo de 1999 não aceitou ser banco de reservas e tirou satisfação com o treinador. Segundo o livro, o pentacampeão teria dito ao treinador: “Rivaldo nunca ficou no banco. Rivaldo não fica no banco”.
Ancelotti teria então respondido:
“Tudo bem. Sempre há uma primeira vez e agora é o momento certo para ser a primeira. Você vai para o banco. Eu era o chefe e tive de lembrá-lo disso”.
Inicialmente, Rivaldo não aceitou a decisão do treinador e foi embora para casa, mas depois retornou ao clube e ficou na reserva contra o Modena pelo Campeonato Italiano.
Leia mais:
Mesmo inocentado, Lucas Paquetá será penalizado pela Federação Inglesa de Futebol
Ancelotti faz elogios a Casemiro após suspensão em jogo contra Bolívia: “Não existe no Brasil”
O outro brasileiro com quem o treinador teve atrito foi Leonardo, na época em que ele era diretor de futebol do PSG. Ao lado de Al-Khelaifi, presidente do clube francês, o ex-lateral e meia deu um ultimato a Ancelotti antes do jogo contra o Porto pela última rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões. O brasileiro teria dito:
“Estamos acompanhando o projeto, não só os resultados, e não estamos satisfeitos. Decidimos que se não vencer esta partida, você será demitido”.
Ao que o italiano teria respondido:
“Aquilo era ridículo. Disse isso ao Leonardo. Se aquela era a forma de demonstrar confiança, eu não quero continuar nem se ganharmos a Liga dos Campeões”.
Por enquanto, a nova biografia do treinador pode ser lida apenas em inglês, italiano e espanhol. O lançamento no Brasil em português está marcado para o dia 24 de novembro, pela editora Planeta.
*Com informações de UOL
