A Time 4 Fun, empresa responsável pela realização do festival Lollapalooza no Brasil, recorreu na tarde de hoje da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que visava proibir manifestações políticas no festival. A decisão do TSE ocorreu em virtude de ação do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, após a artista Pablo Vittar exibir bandeira com imagem do ex-presidente Lula no seu show da sexta-feira.
A ação do PL alegava propaganda política antecipada e visava que o TSE multasse em R$ 50 mil os artistas que se pronunciassem politicamente no Lollapalooza. Hoje, o ministro do TSE Raul Araújo atendeu a ação.
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No recurso assinado pelas advogadas Taís Borja Gasparian e Monica Filgueiras da Silva Galvão, a T4F argumenta o seguinte:
O artista é contratado pela T4F Entretenimento S/A para realizar os shows, e tem completa autonomia quanto ao conteúdo de suas manifestações.
Ao longo do festival, vários artistas protestaram contra o governo e chegaram a puxar coros de “Fora, Bolsonaro”, incluindo Emicida, Fresno e até nomes internacionais como a britânica Marina e a banda The Strokes. No domingo, último dia do festival, Lulu Santos também protestou no palco.
A classe artística brasileira considerou censura a iniciativa do TSE. A cantora Anitta ironizou a proibição no Twitter: