A magia do folclore de Parintins deu o ar da graça na abertura da 13ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), que ocorreu na noite desta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro. Por lá, os bumbás Garantido e Caprichoso fizeram um espetáculo emocionante tendo os arcos da lapa como cenário de fundo.
O espetáculo transformou a região central do Rio de Janeiro em um verdadeiro bumbódromo. Sob olhares atentos de estudantes, turistas e transeuntes, Garantido e Caprichoso tiveram a oportunidade de fazer uma apresentação adaptada do que auto do boi, com direito a toadas de várias gerações.
A oportunidade de se apresentar na cidade maravilhosa veio a convite da presidente da UNE, a estudante Bruna Brelaz. Amazonense, a jovem destaca o sentimento de levar a cultura da ilha tupinambarana para o restante do país.
“Como a primeira presidenta negra e nortista da UNE, é uma honra trazer essa tradição do meu povo para o maior festival estudantil de arte e cultura da América Latina. Os estudantes vão sentir um gostinho do que é a festa de Parintins”, destacou a presidenta da entidade, Bruna Brelaz.
O presidente do Conselho de Arte do Caprichoso, Ericky Nakanome, comemorou a iniciativa e destacou a importância de se levar a cultura popular para a juventude.
“Fazer com que as pessoas que estão nos espaços privilegiados conheçam de perto a brincadeira do boi, o brado do povo guerreiro que é o povo de Parintins, transfigurada nesse pequeno espetáculo, é fazer com que a gente tenha certeza que num futuro próximo, as pessoas que venham tomar as decisões, costurar o futuro do país, nos considere como gente, enquanto território amazônico, nos considere como habitantes que fazem a cultura do Brasil ser a nossa maior riqueza”, disse.
Já para o presidente do Boi Garantido, Antônio Andrade, além de apresentar o Festival de Parintins para os estudantes, a apresentação também é uma oportunidade de jogar luz em temas relevantes relacionados a preservação da Amazônia.
“É na hora que a gente traz as crianças, a juventude para conviver com a nossa cultura é que a gente garante que ela se perpetue, que ela continue viva. Além disso, levar a cultura amazonense aos estudantes, às escolas, às universidades, às entidades estudantis, vamos mostrar nossa resistência e fazer um grande intercâmbio cultural”.
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