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Capivara Filó não será mais recolhida pelo IBAMA, diz deputado

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O deputado federal Felipe Becari (União Brasil), em uma postagem nas redes sociais, disse que foi autorizado que a capivara Filó, conhecida pelos vídeos feitos pelo influencer
Agenor Tupinambá, continue vivendo em seu habitat no município de Autazes, interior do Amazonas.

Na postagem, o político comemora e chama o momento de ‘vitória’.

“Vitória! Da razoabilidade, da coerência, do que é correto! A Filó vive em seu habitat natural e, por isso, não será mais removida e entregue às autoridades! Isso nos deixa extremamente felizes diante do esforço que tivemos, mas também cientes de que algumas informações devem receber a atenção de todos vocês após esse caso que tanto repercutiu”.

Becari aproveitou para alertar sobre tráfico de animais silvestres, considerado crime ambiental segundo a Lei n 5.197. 

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“Nesse caso específico, o animal vive em seu habitat natural, não foi tirado, nem encarcerado e, embora algumas condutas devam ser ajustadas (como o tipo de conteúdo produzido), ela está lá e assim continuará, pois vive em liberdade (…) Pode dormir tranquilo, Agenor. A Filó continuará vivendo em seu habitat natural que tanto ama e está adaptada”.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), se prenunciou sobre o caso e disse que vai averiguar o estado de saúde da capivara Filó, e a partir dos resultados, tomará as medidas cabíveis.

Leia a Nota do Ibama na íntegra 

Durante operação de combate a irregularidades relacionadas ao uso da fauna silvestre realizada em todo o país, o Ibama identificou perfis em redes sociais nos quais está caracterizada exploração indevida de animais.

Uma delas, feita no dia 18 de abril, ganhou repercussão nacional, – o caso do influenciador digital Agenor Tupinambá.

O jovem estudante de agronomia ficou conhecido por publicar vídeos em que interage com animais silvestres da Amazônia como cobras, capivara, preguiça-real, paca, papagaio, entre outros.

Ao analisar o conteúdo das redes sociais do estudante, agentes ambientais do Ibama constataram que os animais eram retirados da vida livre e exibidos em situações incompatíveis com os hábitos das espécies como por exemplo banho com produtos de higiene humana, uso de roupas e ornamentos.

Devido a essas publicações onde Agenor aparece interagindo com animais silvestres, ele foi autuado por quatro motivos:

1 – Morte de uma preguiça-real, situação confirmada por Agenor;

2 – Prática de maus-tratos contra animal silvestre (preguiça real);

3 – Uso de espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão de autoridade competente (capivara e papagaio);

4 – Exploração da imagem de animal silvestre mantido em situação de abuso (capivara) e irregularmente em cativeiro.

Ao autuar o jovem por práticas proibidas na legislação ambiental, o Ibama cumpre o papel de resguardar a fauna silvestre brasileira. A divulgação de imagens do uso de animais selvagens como animais domésticos estimula a vontade de as pessoas retirarem esses animais do seu habitat natural e, principalmente, incentiva o tráfico de animais silvestres.

Diante da situação, internautas saíram em defesa do jovem por acreditarem, com base no senso comum, que os animais estariam sendo bem tratados. No entanto, a introdução de hábitos típicos de ambiente doméstico em espécies silvestres inviabiliza capacidade de sobrevivência na natureza.

O Ibama defende, por determinação legal, que animais silvestres sejam mantidos em vida livre, onde prestam serviços ambientais de importância incalculável para a manutenção de um meio ambiente equilibrado.

É bom esclarecer que o jovem foi multado pela morte da preguiça-real que estava em sua posse, fato vastamente divulgado nas redes sociais. Outra notificação do Ibama ao jovem foi o uso de imagens de animais silvestres com monetização pelas redes.

O Ibama não retirou até o momento nenhum animal que está em posse de Agenor Tupinambá. O Ibama irá, primeiramente, realizar uma diligência para averiguar o estado de saúde e condições dos animais. A partir de laudos técnicos dos fiscais, o Ibama tomará as medidas legais cabíveis.

Também é importante deixar claro que por mais que as pessoas acreditem estar tratando bem um animal silvestre, mesmo que ele tenha sido resgatado, está indo de encontro a natureza do animal, que é de conviver com os seus em liberdade.

No caso de resgate de animais silvestres encontrados na natureza machucados ou filhotes, é necessário comunicar a posse para as instituições competentes e, assim, definir com base na lei o destino do animal silvestre.

Sobe o caso

No inicio da semana o digital influencer, Agenor Tupinambá, foi multado pelo IBAMA em mais de R$ 17 mil, após denúncia de maus-tratos de animais.

Fazendeiro no município de Autazes, em conversa com a Rede Onda Digital o influencer disse que a denúncia veio de Brasília e que vai recorrer a justiça para não perder o animal.

“ Fui procurado por agentes do Ibama na minha faculdade. Fui notificado e multado por maus-tratos de animais e varias outras coisas”, contou AGENOR.

Em nota a imprensa, Agenor disse que também foi notificado para retirar os vídeos que aparece com a capivara Filó nas redes sociais.

” Também fui notificado para retirar os vídeos que expressam o meu amor e entregar a Filó num centro de tratamento animal, sob a acusação de retirá-la do seu habitat natural. Se tem alguém que mora no habitat natural de alguém sou eu, não os animais. Eu abro a janela e lá estão o rio, a floresta e os animais. Eu que estou de passagem nesse lugar. E escolhi ser um guardião e não um criminoso”, ressaltou.

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