Em meio a onda dos chamados “bebês reborns”, uma nova geração de bonecos sexuais hiper-realistas, apelidados de “bonecos reborns sexuais”, está ganhando popularidade entre consumidores em busca de experiências íntimas mais imersivas e personalizadas.
Com preços que ultrapassam R$ 50 mil, os modelos são produzidos em tamanho real, apresentam traços extremamente detalhados e agora incorporam tecnologia de inteligência artificial (IA) para interação com os usuários.
Fabricados em silicone de grau médico, os bonecos, disponíveis nas versões masculina, feminina e transgênero, contam com genitálias removíveis, esqueleto metálico articulado, rostos expressivos e um alto nível de personalização estética. Os clientes podem escolher tons de pele, cores de olhos, tipos de cabelo e até enviar fotos de referência para que a aparência final imite uma pessoa real.
Interação com IA e simulação de emoções
Os modelos mais avançados trazem sensores de toque, olhos que piscam, movimentos faciais coordenados e capacidade de falar de forma sincronizada. Com o tempo, o sistema de IA embutido desenvolve uma espécie de personalidade própria, com voz, preferências e até senso de humor, interagindo com o usuário por meio de um aplicativo via Bluetooth.
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Entre os mais procurados está o modelo masculino Nate 3.0, que possui pênis removível e boca de profundidade anatômica. Já a versão feminina SolanaX inclui cabeça robótica avançada e sensores capazes de detectar níveis de excitação. Também há a possibilidade de adquirir partes modulares, como cabeças intercambiáveis.
Entre a tecnologia e a polêmica
Apesar do crescimento da demanda, os “reborns adultos” dividem opiniões. Nas redes sociais, usuários oscilam entre elogios ao potencial terapêutico e de companhia dos bonecos e críticas sobre o impacto afetivo e ético do uso de robôs como substitutos de relações humanas.
Especialistas apontam que a tendência reflete um movimento maior de transformação nos modos de se relacionar, impulsionado pela tecnologia. A ascensão desses bonecos evidencia como máquinas inteligentes e simulações hiper-realistas estão moldando novas formas de intimidade, desejo e conexão social — e levantando questões sobre os limites entre o artificial e o humano.