A taxa de desemprego voltou a subir e atingia 7% da população brasileira no primeiro trimestre, segundo dados divulgados nesta quarta (30/4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar de manter a trajetória da alta apresentada nos últimos meses, o resultado representa o menor patamar da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), coletada desde 2012, para o período. Ou seja, é a menor taxa de desemprego registrada para o primeiro trimestre, em 13 anos.
Até então, o menor nível de desemprego para os primeiros três meses do ano havia sido registrado em 2014, quando 7,2% da população buscava, sem sucesso, por uma colocação profissional. No mesmo intervalo do ano passado, o desemprego afetava 7,9% dos brasileiros.
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A comparação do índice com os três meses imediatamente anteriores aponta para a evolução do desemprego após atingir os menores níveis da série histórica em outubro (6,2%) e novembro (6,1%) do ano passado. Com as elevações, a taxa retorna ao maior patamar desde o trimestre encerrado em maio do ano passado (7,1%).
O número de pessoas que não tinham trabalho e procuram por uma vaga é o menor desde o trimestre encerrado em março de 2014 (7,1 milhões). No ano passado, 8,6 milhões procuravam emprego no terceiro trimestre. Apesar dos recordes, o valor é o maior desde maio do ano passado, quando 7,8 milhões procuravam uma colocação.
A população desocupada cresceu 13,1% nos três primeiros meses de 2025.
Já o número de trabalhadores com carteira assinada se manteve estável: Apesar da redução da população ocupada, o total de vínculos celetistas permaneceu em 39,4 milhões. Por outro lado, o de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 5,3% na comparação com o último trimestre de 2024.
E o rendimento médio dos brasileiros avança para R$ 3.410. Já descontado os efeitos da inflação do período, o valor apurado no primeiro trimestre de 2025 é 4% superior ao contabilizado há um ano (R$ 3.270). Com a nova alta, o salário médio alcança o valor mais elevado da série iniciada em 2012.
Divulgada desde 2012, a Pnad Contínua do IBGE abrange todo o território nacional. Em suas coletas, a pesquisa avalia indicadores relacionados à força de trabalho entre a população com 14 anos ou mais. O grupo é aquele que integra a População Economicamente Ativa do país.
Com informações de UOL.