O dólar opera em forte baixa nesta quarta-feira (5/3), refletindo a reação do mercado financeiro ao novo pacote tarifário anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Por volta das 15h52, a moeda norte-americana registrava queda de 2,43%, sendo cotada a R$ 5,773. Mais cedo, às 14h29, o dólar já operava em baixa de 1,94%, negociado a R$ 5,802.
Ao longo do dia, a cotação máxima foi de R$ 5,847, enquanto a mínima chegou a R$ 5,77. No último pregão, realizado na sexta-feira (28/2), o dólar havia fechado em R$ 5,916, o maior valor registrado no último mês.
Impacto das novas tarifas comerciais
O mercado segue atento às repercussões da nova medida imposta pelo governo Trump, que determinou uma tarifa extra de 25% sobre todas as importações do Canadá e do México – com exceção da energia canadense, que será taxada em 10%.
Para a China, a tarifa será de 20%, afetando um volume de aproximadamente US$ 1,5 trilhão em importações anuais. Essa medida representa a maior ação tarifária da era Trump, com o objetivo de fortalecer a indústria norte-americana, equilibrar a balança comercial e aumentar a arrecadação do governo.
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As reações internacionais foram imediatas. O Canadá anunciou tarifas recíprocas de 25% sobre US$ 107 bilhões em produtos norte-americanos, com uma taxação inicial sobre US$ 21 bilhões.
Já o governo da China comunicou a aplicação de tarifas adicionais de 10% a 15% sobre produtos agrícolas e alimentícios dos EUA, com entrada em vigor prevista para 10 de março.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, também criticou as medidas e afirmou que o país adotará novas restrições comerciais contra os EUA, com mais detalhes a serem anunciados no próximo domingo (9/3).
A escalada da disputa comercial entre as principais economias do mundo tem pressionado os mercados e gerado incertezas, impactando diretamente a cotação do dólar e os investimentos globais.
Desempenho da Bolsa e ações da Petrobras
A Bolsa de Valores brasileira (B3) operava em ligeira alta de 0,15%, aos 122.987 pontos, por volta das 17h. De acordo com analistas, variações de até 0,20% para cima ou para baixo indicam estabilidade no Ibovespa, o principal índice da B3.
O destaque negativo do pregão ficou por conta das ações da Petrobras, que registravam queda de 4,48%. A desvalorização acompanhou a tendência do mercado internacional, com a baixa do petróleo Brent, referência global para os preços da commodity.
*Com informações do Metrópoles.