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“Banco Central não pode dar cavalo de pau nos juros”, diz Haddad após Selic subir a 14,25% ao ano

Haddad comentou que Copom havia comprometido elevação da Selic com presidente anterior do BC

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta (20/3) que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central não pode dar um “cavalo de pau” e mudar o guidance da taxa básica de juros contratado durante a gestão do ex-presidente da autoridade monetária Roberto Campos Neto. A declaração dele foi dada após a decisão do Copom, na quarta (19), de elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano, o maior patamar desde 2016.

Na última reunião do Copom de 2024, o colegiado sinalizou que faria dois aumentos na Selic de 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e de março de 2025. O BC manteve a sinalização.

Hoje, em entrevista ao durante o programa Bom Dia, Ministro, da EBC, Haddad disse:

“O aumento estava contratado desde a última reunião do Copom do ano passado. Na última reunião de dezembro, ainda sob a presidência do antigo presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto], que foi nomeado pelo Bolsonaro.

Você não pode, na presidência do Banco Central, dar cavalo de pau depois que se assumiu. Isso é uma coisa muito delicada. O novo presidente e os novos diretores têm uma herança a administrar”.

No programa, Haddad também ressaltou não acreditar ser necessário que o Brasil entre em recessão para baixar a inflação do Brasil. Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostrou que os preços subiram 1,31% no mês. Ele disse:

“Não acredito que precise de uma recessão para baixar a inflação no Brasil. Eu acho que consegue administrar a economia de maneira a crescer de forma sustentável sem que a inflação saia do controle”.


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A importância da taxa Selic

Analistas indicam que o BC deve manter a taxa Selic elevada para enfrentar um cenário de economia dinâmica e moeda desvalorizada (dólar ainda alto), como forma de controlar a inflação e estabilizar a economia.

A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do BC para tentar conter as pressões inflacionárias, que têm efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.

Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, pode baixar os juros. Se estão acima, tende a manter ou subir a Selic.

No ano passado, a inflação ficou acima do teto do sistema de metas ao somar 4,83%. Com isso, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, teve de escrever uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os motivos.

Nos últimos meses, efeitos climáticos, dólar alto e medidas protecionistas do presidente americano Donald Trump colocaram pressão inflacionária sobre a economia brasileira.

*Com informações de CNN Brasil.

Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.
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