Presidente da 99 anuncia investimento bilionário em serviços de entrega no Brasil

Em audiência no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (15/9), o bilionário chinês Will Wei Cheng, fundador e presidente da Didi, empresa que gerencia a 99, anunciou a ampliação do investimento da empresa no Brasil para R$ 2 bilhões. O valor, que dobra o financiamento de R$ 1 bilhão já divulgado em abril, será direcionado principalmente à expansão do serviço de entregas 99 Food. O cronograma detalhado ainda não foi divulgado.

O encontro contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de representantes do governo federal. De acordo com Simeng Wang, diretor-geral da 99 no Brasil, cerca de R$ 50 milhões já estão reservados para os próximos meses e serão aplicados na construção de pontos físicos de apoio a entregadores em capitais brasileiras. Os espaços terão estrutura básica com água e banheiros, em cumprimento a normas de saúde e segurança no trabalho.

A empresa também firmou compromisso de cooperação com o Ministério da Saúde, no âmbito do programa Mais Especialistas. Pelo acordo, a 99 financiará um projeto-piloto de transporte gratuito de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para consultas, exames e cirurgias em 49 hospitais públicos. O investimento inicial para a iniciativa será de R$ 1 milhão.

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Além disso, a plataforma pretende investir em inovação tecnológica e sustentabilidade. Wang revelou que a companhia trabalha no desenvolvimento de uma moto elétrica em parceria com a montadora chinesa Yadea, que inaugurou neste ano uma planta em Manaus. O modelo Keeness, montado no Polo Industrial, deve custar em torno de R$ 29 mil.

Para facilitar a adesão dos entregadores, a 99 anunciou que oferecerá linhas de crédito específicas para aquisição de motocicletas elétricas, em parceria com instituições financeiras, a exemplo do que já ocorre em países como México e Colômbia.

O anúncio reforça a estratégia da 99 de consolidar sua atuação no Brasil e responde a demandas de regulação e infraestrutura no setor de transporte por aplicativos, em meio às discussões sobre os direitos trabalhistas e condições de atuação dos motoristas e entregadores.

*Com informações do Exame e O Globo.