Carlos Alberto Souza, o pai de Vitória Souza, de 17 anos, que foi encontrada morta na última semana em uma área de mata em Cajamar, interior de São Paulo, foi incluído pela polícia como um dos suspeitos do crime.
A informação foi confirmada pelos investigadores à CNN, que afirmou ter tomado a decisão com base nos “mesmos critérios” dos outros suspeitos.

Contradições
Segundo a polícia, os fundamentos para a prisão do pai de Vitória foram baseados nos motivos da prisão de Gustavo Vinícius Moraes devido às inúmeras contradições apresentadas por Carlos.
Pedido de terreno
Nas investigações, o “comportamento estranho” do homem é citado, além do pedido de um terreno feito por ele ao prefeito da cidade em um dos primeiros contatos entre eles após a confirmação da morte de Vitória.
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Depoimentos
Nesta semana, a Polícia Civil deve ouvir testemunhas cruciais para o esclarecimento do caso.
Defesa
O advogado da família, Fabio Costa, disse que vai tentar reverter a situação ainda nesta semana, já que acha a decisão “absurda”, pois Carlos nunca foi ouvido formalmente, por isso não deu detalhes sobre o dia do desaparecimento.
Entenda o crime: Assassinato de Vitória
O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrado na quarta-feira (5) em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo. A jovem estava desaparecida há uma semana, após sair do shopping onde trabalhava para voltar para casa. Veja o momento em que ela sai do trabalho:
O corpo já apresentava decomposição e também sinais de tortura. Ela foi degolada e estava com a cabeça raspada, e foi identificada por familiares pelas tatuagens.
Momentos antes de desaparecer, Vitória enviou áudios para uma amiga relatando que estava sendo seguida e assediada por ocupantes de um carro. Nas mensagens, a jovem demonstrava nervosismo e medo:
“Passou os cara no carro e eles falaram: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Ai, meu Deus do céu, vou chorar. Vou mexendo no celular. Não vou nem ligar pra eles”.
A adolescente foi vista pela última vez no bairro Ponunduva, onde mora a família. Ela vestia uma camiseta cinza, calça legging preta, tênis branco e carregava uma sacola pink.

Ela teria tentado falar com o ex antes de desaparecer. Segundo o delegado Galiano, ela queria que ele fosse buscá-la no ponto de ônibus no bairro onde morava, mas ele não atendeu o telefone. “Ela pediu socorro, o que indica que estava com medo”.
Normalmente, Vitória fazia o trajeto com o pai, mas naquele dia o carro da família estava em uma oficina mecânica e ela teria que fazer o percurso a pé. “Foram terríveis coincidências ou não”.
O ex alega que estava em um encontro, por isso não ouviu as mensagens de Vitória. A menor de idade que saiu com ele também foi ouvida.
*Com informações de UOL.