
Justiça condena acusados pela morte de adolescente vítima de homofobia em Manaus
O caso ganhou repercussão nacional após o adolescente ser brutalmente agredido na madrugada de 5 de julho de 2025, na zona Leste da capital

A Justiça julgou procedente a representação da acusação no caso de Fernando Vilaça, confirmando que o crime foi homicídio por motivo torpe, motivado por homofobia. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (20/8) pelo advogado da família do adolescente de 17 anos que morreu no dia 5 de julho em decorrência de um espancamento.
A sentença estipulada aos dois primos, de 16 e 17 anos, acusados do crime, foi de três anos, que é o período máximo estipulado pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Segundo o advogado Alexandre Torres Jr, em vídeo, a decisão foi recebida “como um mínimo conforto aos familiares da vítima” e destacou a importância do reconhecimento da motivação do crime para que possam, enfim, encerrar um ciclo com a sensação de “justiça feita”.
O caso ganhou repercussão nacional após o adolescente ser brutalmente agredido na madrugada de 5 de julho de 2025, no bairro Gilberto Mestrinho, zona Leste da capital.
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O jovem foi espancado depois de reagir a insultos homofóbicos. Socorrido em estado grave, ele sofreu traumatismo craniano, hemorragia intracraniana e edema cerebral, não resistindo aos ferimentos e morrendo no dia 5 de julho de 2025.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) identificaram os envolvidos no crime, que foram levados a julgamento. A decisão judicial, divulgada nesta semana, reconheceu a motivação homofóbica do assassinato, ponto que vinha sendo cobrado por familiares, amigos e movimentos sociais desde o início da apuração.