
“Ninguém aguenta mais. O trabalhador é o primeiro prejudicado”, afirma Jaildo Oliveira sobre greve dos rodoviários
Na manhã desta segunda-feira (25/08), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Jaildo Oliveira (PV), que representa a classe rodoviária na Casa, foi questionado sobre a paralisação que está sendo planejada pela categoria para protestar contra os pagamentos atrasados e a falta de benefícios.
Segundo o parlamentar, os rodoviários vêm sofrendo há bastante tempo com o descaso dos órgãos competentes. A paralisação, segundo ele, é uma tentativa de chamar a atenção das autoridades responsáveis para buscar soluções que melhorem a vida dos trabalhadores.
“Os trabalhadores já não aguentam mais essa situação de pagamento atrasado. Todo mês estão sendo prejudicados pelo Sinetram e pelas empresas que não cumprem a convenção coletiva. Houve aumento da tarifa, existe subsídio de mais de R$ 20 milhões todo mês, e mesmo assim as empresas, junto com o Sinetram, insistem em não cumprir. Quando o trabalhador chega ao ponto de anunciar greve e manifestação, é porque realmente não aguenta mais. Tem gente que paga aluguel, que atrasa contas e paga juros, e está sendo prejudicada pelo Sinetram e pelas empresas”, disse Jaildo.
O vereador também ressaltou que os trabalhadores estão sendo lesados de todas as formas, enquanto o Sinetram mantém o controle total do sistema, prejudicando não apenas os rodoviários, mas também a população.
“A única ferramenta para chamar a atenção das autoridades, do Ministério Público e de todos os órgãos competentes é neste momento. Até quarta-feira vou protocolar um requerimento solicitando intervenção em todas as empresas, inclusive no Sinetram, para que possamos saber realmente o que está acontecendo. Existe subsídio, houve aumento da tarifa e mesmo assim os pagamentos continuam atrasados. Ninguém aguenta mais. O trabalhador é o primeiro prejudicado, depois a população”, completou Jaildo.
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Por fim, o parlamentar informou que está formalizando um requerimento aos órgãos de fiscalização para coibir as ações do Sinetram no Amazonas, pois considera injusto que a entidade concentre tanto poder sobre o sistema rodoviário.
“Eles têm controle de tudo. Nós temos que tirar esse poder das mãos deles, isso não pode continuar. O Sinetram é um sindicato das empresas, deveria apenas administrar as empresas, não ter o controle da bilhetagem eletrônica, por exemplo. Tudo isso vou incluir no meu requerimento para que a Prefeitura assuma. O poder público tem que tomar conta de tudo, não pode ser assim”, afirmou Jaildo.
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