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Gato com esporotricose vira motivo de discussão entre vereadores na Câmara de Manaus

Tema causou divergência de informações envolveu defesa animal e fiscalização de contratos públicos
04/11/25 às 11:51h
Gato com esporotricose vira motivo de discussão entre vereadores na Câmara de Manaus

CMM/ TV Câmara/ Youtube

Um caso envolvendo um animal resgatado e levado ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para receber tratamento de esporotricose e sendo sugerido uma eutanásia gerou um debate entre vereadores Amauri Gomes (UB) e Raulzinho (MDB), durante sessão plenária na Câmara Municipal de Manaus (CMM), desta terça-feira (4/11).

Raulzinho questionou Amauri sobre o caso, além de levantar dúvidas sobre a atuação do colega em relação a contratos públicos. Durante a fala, Raulzinho afirmou ter ficado “curioso” com o relato anterior de Amauri na tribuna e questionou se o parlamentar havia entregado o animal ao CCZ para eutanásia, já que o mesmo é médico veterinário e dono de uma clínica.

 “Me deixou meio curioso quando Vossa Excelência falou que pegou um animal, levou ao centro de zoonoses… A pergunta é: quando disseram no CCZ que teria que eutanasiar o animal. Vossa Excelência entregou o animal para eutanasiar?”, questionou Raulzinho.

Amauri negou. “Não, excelência, o animal está comigo, lá na clínica, em tratamento”, respondeu.


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O emedebista insistiu no tema, afirmando que, por Amauri ser veterinário, teria sido mais apropriado prestar atendimento direto em sua clínica. Em seguida, ampliou o debate, questionando se o colega respeitava decisões do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre a legitimidade de contratos públicos. Amauri reagiu, defendendo sua postura e criticando a atuação do CCZ em casos de recomendação de eutanásia.

“O animal foi levado ao CCZ porque, como cidadão, é obrigação do órgão atender. Quando recomendaram a eutanásia, eu, como profissional, bati a porta do CCZ e levei o animal para tratar na minha clínica. Tenho empatia com a vida, seja ela animal ou humana”, respondeu o vereador do União Brasil.

Ele ainda rebateu as falas sobre os contratos investigados, afirmando discordar das decisões dos órgãos fiscalizadores.

“Eu discordo, porque vejo valores fora da realidade. Um serviço que custa R$ 1.500 ou R$ 2.000 não pode ser cobrado por R$ 7.500 ao Poder Público, e os órgãos fiscalizadores não podem fechar os olhos para isso”, disse Amauri.

Veja o vídeo:

Como o debate começou?

Amauri levou à tribuna uma denúncia do que considerou um alto índice de mortes de animais com esporotricose na capital amazonense. Gomes levou dados questionando o Centro de Zoonoses (CCZ) sobre a falta de tratamento.

Os dados apresentados incluem os de animais, onde destacou as mortes:

E também de humanos em tratamento da doença:

Durante a fala, Amauri chegou a relatar que levou um gato com a doença para o CCZ, e invés de receber a orientação sobre o tratamento, foi sugerido a eutanásia do pet, o que lhe gerou revolta e o motivou a buscar informações sobre o assunto para pedir esclarecimentos dos responsáveis em tribuna.

“Você (direcionando para Rodrigo Guedes) lembra qual foi a resposta que deram para nós lá? Eutanásia. Porque é isso que o Centro de Controle de Zoonoses em Manaus faz, está eutanasiando os animais. É mais fácil gastar com a morte desses animais do que gastar com a vida. Então, eu venho até essa tribuna para denunciar, para que a gente possa investigar isso aqui. E esse contrato aqui (mostra aos colegas a papelada), o mais rápido possível, pare de vigorar na cidade de Manaus e que possa ser encaminhado da forma correta com o tratamento desses animais, com a criação de abrigos, com a criação de castramóveis, porque a única forma de a gente controlar a esporotricose é castrando os animais”, declarou questionando também os custos do crematório pet, que atua na capital amazonense.