Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
Ataque de Israel em Gaza mata cinco jornalistas da Al Jazeera, diz emissora

Ataque de Israel em Gaza mata cinco jornalistas da Al Jazeera, diz emissora

Um bombardeio israelense em Gaza matou cinco jornalistas da Al Jazeera, conforme anunciou a emissora. De acordo com o comunicado, as vítimas foram dois correspondentes e três cinegrafistas. O ataque, que deixou ao todo sete mortos, foi direcionado a uma tenda para jornalistas do lado de fora do portão principal do hospital da Cidade de Gaza e ocorreu neste domingo (10/8).

Entre os mortos, está o jornalista Anas Al-Sharif, de 28 anos. Segundo a emissora, o correspondente cobria amplamente o norte de Gaza. Na nota, a Al Jazeera citou o fato dela ter denunciado recentemente o exército de Israel por “campanha de incitação” contra seus correspondentes na Faixa de Gaza, incluindo, principalmente, Al-Sharif.

Além dele, também foram mortos o correspondente Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), o exército israelense acusou, sem provas, Al-Sharif de ser líder de uma célula do grupo Hamas e de ter lançado ataques com foguetes contra civis e tropas do exército israelense.

A Al Jazeera negou veementemente as acusações e, em julho, a Relatora Especial da Organização das Nações Unidas para a Liberdade de Opinião e Expressão, Irene Khan, afirmou estar “profundamente alarmada” pelas repetidas acusações feitas pelo exército israelense contra Al-Sharif.


Saiba mais: 

Restos mortais de três vítimas do 11 de Setembro são identificados quase 25 anos depois

Trump quer retirar pessoas em situação de rua de Washington e enviá-las para áreas afastadas


Segundo a Al Jazeera, o exército de Israel já matou mais de 200 jornalistas desde o início dos bombardeios. Ainda em julho, a agência de notícias francesa AFP emitiu um comunicado alertando para a situação de seus correspondentes em Gaza, os quais sofrem graves quadros de desnutrição que, em alguns casos, os impediam de trabalhar.

Em uma última mensagem escrita em 6 de abril com o objetivo de ser publicada no dia de sua eventual morte, Al-Sharif escreveu que “apesar da dor, nunca hesitei em transmitir a verdade como ela é, sem distorção ou deturpação, na esperança de que Deus testemunhasse aqueles que se calaram, aqueles que aceitaram a nossa morte e aqueles que nos sufocaram.”

Na publicação, ele também expressou a tristeza de deixar a esposa, Bayan, e de não ver os filhos, Salah e Sham, crescerem.

*Com informações de O Globo, AFP e da Al Jazeera