Bastidores: O ‘corpo a corpo’ voltou! A velha tática que costuma definir eleições dá seu primeiro passo para 2026

Montagem/Instagram
Ir às ruas, ouvir moradores e, principalmente, ser visto pela população é um dos pilares mais tradicionais das campanhas de um político. A cena do pré-candidato caminhando pelos corredores, conversando com feirantes e ouvindo demandas locais é caracterizada em duas funções: alimentando a comunicação nas plataformas digitais e, simultaneamente, produz impacto político real em um espaço onde a opinião circula rápido e influencia comunidades inteiras.
A visita às feiras e suas peculiaridades, pulsantes e tradicionalmente politizados, serve como um termômetro eleitoral e, ao mesmo tempo, como um gesto simbólico: o político se apresenta onde o povo está.
Vamos à feira…
A ida simboliza mais do que uma visita: marca, na prática, o primeiro passo visível de uma pré-campanha ao governo do Amazonas em 2026. O gesto, aparentemente simples, carrega um forte componente político e estratégico.
Em maio deste ano, a empresária Maria do Carmo (PL) esteve na Feira do Produtor, na Avenida Autaz Mirim, zona Norte de Manaus.
Já o senador Omar Aziz (PSD), neste mês de novembro, visitou a Feira da Aparecida, uma das mais tradicionais da capital.
Ambos destacaram as visitas como demonstrações de apoio ao comércio local, oportunidades para conversar com feirantes e moradores da região e momentos para ouvir sugestões e preocupações que influenciam diretamente a vida da população.
Retorno do “corpo a corpo”: o fator decisivo além das redes
Embora a comunicação digital tenha se tornado indispensável, especialmente para a construção de narrativa e para o alcance rápido, a política amazonense ainda se sustenta, majoritariamente, no contato direto, na presença física e no olho no olho.
Ainda que ambos tenham divulgado as ações nas redes sociais, a escolha de iniciar a movimentação pública justamente pelas feiras evidencia que o corpo a corpo segue sendo um divisor de votos e continuará sendo determinante em 2026.
A disputa
Os gestos dos pré-candidatos já sinalizam que a corrida eleitoral começa a ganhar forma. Com o “primeiro passo” dado, a expectativa é de que novas agendas de rua se intensifiquem nos próximos meses, marcando a transição definitiva da pré-campanha silenciosa para uma movimentação pública mais robusta, sempre calibrada entre a rua e as redes.






