Suzane Von Richthofen, condenada pelo assassinato dos pais em 2002, está sendo cobrada pela Justiça Federal para devolver R$ 52.993,30, valor recebido indevidamente como pensão por morte do INSS entre 2002 e 2004, período em que já cumpria pena pelo crime.
O Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça para exigir o reembolso do valor, alegando que não fazia sentido a assassina ser beneficiada pelo crime que cometeu.
A Justiça tem enfrentado dificuldades para encontrar Suzane. Seu nome já foi incluído na Dívida Ativa da União e no cadastro de inadimplentes do Serasa.
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A informação foi divulgada pelo jornalista Ullisses Campbell, autor de sua biografia. Segundo ele, Suzane alegou que gastou todo o dinheiro e não tem como devolver. Mesmo que ela esteja em liberdade desde que passou ao regime aberto, a ex-detenta tem a obrigação de manter seu endereço atualizado na Justiça.
A advogada de Suzane não se manifestou sobre o caso. Já a Receita Federal declarou que não pode comentar devido ao sigilo fiscal.
Apesar de estar inscrita na Dívida Ativa com o nome no Serasa, no ano passado Suzane conseguiu um financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursar ensino superior numa instituição particular.
O programa, que é mantido com recursos públicos, financia cursos superiores em instituições privadas para alunos que não têm condições de arcar com os custos. Segundo o Globo, “em tese, dívidas com a União, como a de Suzane, poderiam impedir o acesso ao benefício.”