O Supremo Tribunal Federal tornou sigiloso as investigações relacionadas ao ex-ministro Milton Ribeiro e aos pastores suspeitos de atuarem em um balcão de negócios no Ministério da Educação.
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O caso estava na Justiça Federal do Distrito Federal, e foi enviado para o STF nesta quarta-feira (29). Em sorteio a relatoria ficou para a ministra Cármen Lúcia.
Renato Borelli é o juiz responsável para enviar essas investigações sobre Milton Ribeiro para o Supremo, ele entendeu que há indícios de interferência do presidente Jair Bolsonaro, que tem a prerrogativa do foro especial.
Na avaliação do juiz, nos diálogos interceptados “foi possível vislumbrar eventual conhecimento das apurações com contornos de interferência, figurando possível a presença de ocupante de cargo com prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal, cabe ao tribunal a análise quanto à cisão, ou não, da presente investigação,” destacou Borelli.
A Polícia Federal investiga as denúncias de prefeitos de que Gilmar Santos e Arilton Moura cobravam propina para facilitar o repasse de verbas do governo federal para os municípios. Segundo as investigações, mesmo sem ocupar cargo público, os dois tinham livre acesso ao ministério e marcavam encontros de prefeitos com o então ministro Milton Ribeiro.
Na Câmara, os deputados de oposição pediram a convocação do ministro da Justiça, Anderson Torres, para dar explicações no plenário.
O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues, da Rede, pediu ao STF que abra um inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro por violação de sigilo e obstrução de Justiça.