Uma central clandestina usada para disparar mensagens de texto fraudulentas foi descoberta pela polícia, na quinta-feira (22/5), em um apartamento vazio localizado na região da Avenida Paulista, em São Paulo.
No local, técnicos encontraram um equipamento capaz de enviar milhares de SMS simultaneamente com links maliciosos. Ninguém foi preso.
A operação foi realizada após denúncias de uma operadora de telefonia, que identificou interferências suspeitas no sinal da rede. Técnicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) confirmaram que a instabilidade era causada por um transmissor ilegal instalado no imóvel, no 15º andar de um edifício próximo à estação Paraíso, área de grande circulação.
O esquema da Central SMS
Segundo a polícia, o esquema utilizava apenas um notebook e uma antena digital portátil para disseminar mensagens enganosas.
Os textos, com tom alarmista, informavam falsamente sobre dívidas bancárias, suspensão da CNH ou perda de pontos em programas de fidelidade. Um dos exemplos dizia: “Seus 98 mil pontos expiram à meia-noite, corra para trocar por milhas, produtos ou cashback.”
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Ao clicar nos links, as vítimas tinham seus celulares infectados por um vírus que permitia aos criminosos invadir aplicativos, alterar senhas e roubar dados pessoais. O conteúdo era armazenado em um hardware conectado ao sistema no apartamento.
Essa foi a quinta operação semelhante realizada pela Anatel na Grande São Paulo em menos de um ano. Em janeiro, um homem chegou a ser preso por envolvimento com esse tipo de crime.
Como se proteger
Especialistas em segurança digital alertam para que os usuários jamais cliquem em links recebidos por SMS de origem duvidosa, mesmo que o conteúdo aparente ser importante, como notificações de compras suspeitas.
“O ideal é acessar diretamente o aplicativo do banco ou da instituição mencionada e verificar se há alguma notificação oficial. Nunca se deve confiar em mensagens que pedem cliques em links ou contatos por números desconhecidos”, orienta o advogado Luiz Augusto D’Urso, especialista em direito digital.
As investigações seguem em andamento para identificar os responsáveis pelo esquema.