A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (13/5), uma operação contra um grupo suspeito de fraudar contas digitais vinculadas à plataforma gov.br. Segundo as investigações, os criminosos usavam técnicas avançadas de alteração facial para burlar sistemas de autenticação biométrica.
Grupo utilizava dados de pessoas mortas. Uma parte do esquema fraudulento consistia em se fazer passar por pessoas mortas para burlar o sistema de reconhecimento facial e ter acesso aos recursos que a família das pessoas falecidas teria para resgatar do Banco Central.
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Em outra frente, o grupo fraudou perfis para pedir empréstimos consignados via aplicativo da Previdência. Os golpistas conseguiam fraudar a funcionalidade “liveness” do aplicativo da Previdência Social, que é usada para checar se a imagem capturada pertence a uma pessoa real e viva. O objetivo era tentar resgatar valores que a pessoa teria a receber do Banco Central ou mesmo aprovar empréstimos consignados no aplicativo Meu INSS.
Segundo a PF, o grupo tinha capacidade técnica avançada. Eles conseguiram passar pelo reconhecimento facial com um percentual de semelhança suficiente para ser aprovado pela tecnologia, que funciona com base em parâmetros cadastrados junto às bases de dados da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático qualificada e associação criminosa.