Uma mulher identificada como Maria Nadine Celestino de Sousa Mesquita, de 28 anos, foi agredida pelo companheiro, Ederson Gomes, de 40 anos, com mordidas em seu rosto, teve parte de seus lábios arrancados e parte do queixo destruída. O caso aconteceu no Bairro Vila Velha, em Fortaleza no dia 3 de março.
A Polícia Militar prendeu Ederson em flagrante e o conduziu à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde ele foi autuado por violência doméstica e familiar contra a mulher. Antes de ser levado para a delegacia, o homem foi linchado por populares e encaminhado a uma unidade hospitalar sob escolta policial.
O Ataque
Segundo Nadine, a violência começou após um incidente. O agressor escorregou e caiu, e ao ver a cena, a mulher riu. Isso teria deixado Ederson com raiva.
Em entrevista ao G1, a mulher relatou que Ederson era explosivo, agressivo e ciumento, mas nunca havia a agredido fisicamente antes, mas nesse dia a agressão aconteceu.
Segundo a mulher, ele a segurou pelos pulsos, em seguida jogou ela na cama e iniciou as agressões.
“Foi só mordida, e ele também me enforcou com as mãos. Acho que desmaiei. Quando recuperei a consciência, já voltei falando o nome dos meus filhos. Acho que foi quando Deus tocou no coração dele, porque ele foi me soltando e consegui sair”, relatou.
Desesperada, Nadine procurou as chaves da casa para pedir ajuda, enquanto Ederson tentava impedir a mulher. Ela ainda relatou que começou a gritar por socorro e foi amparada pela ex-cunhada, irmã de seu falecido marido.
Leia mais:
Mulher é presa por engano ao denunciar agressão no RJ
Criança de 6 anos cola as partes íntimas para fugir de abuso em MG
A mulher só foi entender o quanto estava machucada depois ao ver a reação das pessoas.
“Eu não conseguia me olhar no espelho. Só sabia que ele tinha mordido meu lábio porque estava cheia de sangue. Não tinha noção de que meu queixo estava destruído e que meu lábio havia sido arrancado. Só percebi a seriedade da situação quando vi o desespero das pessoas ao me verem.”
A vítima foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, em seguida, transferida para o Instituto Doutor José Frota (IJF), onde passou por uma cirurgia para reconstrução facial. Ainda serão necessários pelo menos mais dois procedimentos para recuperar parte dos danos causados pela violência.