O pastor Silas Malafaia, uma das maiores lideranças evangélicas do país, se pronunciou ontem em seu canal de YouTube sobre o recente escândalo envolvendo a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. De acordo com denúncia desta semana, os dois intermediavam liberação de verbas do Ministério da Educação junto ao ministro Milton Ribeiro.
Em seu vídeo, Malafaia defendeu a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de Santos e Moura. Ele também declarou:
“Nós somos mais de 200 mil pastores neste país e não vamos tomar lama por causa de dois camaradas”.
Leia mais:
Cármen Lúcia determina abertura de inquérito sobre liberação de verbas pelo MEC
Bolsonaro sai em defesa de ministro da Educação: “boto minha cara no fogo”
Ele também disse que não quer que o governo aja igual ao PT, que “encobre seus ladrões e corruptos”. Malafaia afirmou:
“Eu não estou aqui para encobrir nada, queremos uma investigação profunda. Mas não aceitamos maldade de botar pecha em pastores. Eu não aceito isso”.
O pastor, que é próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL), também considerou “fraca” a defesa usada há alguns dias pelo ministro Ribeiro.
Hoje, a ministra Cármen Lúcia do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou abertura de inquérito para apurar o caso. Enquanto isso, prefeitos já denunciaram as práticas dos pastores para liberação de verbas do MEC: um afirmou que o pastor Arilton pediu propina em ouro, outro que ele exigiu pagamento de R$ 15 mil para liberar verbas.