Eduarda de Oliveira, de 22 anos, confessou à polícia ter matado a própria filha recém-nascida, Ana Beatriz, em Novo Lino, no interior de Alagoas. O depoimento foi feito na noite de terça-feira (15/4). Nas imagens, a mãe relata friamente como tirou a vida da bebê por asfixia e escondeu o corpo em um armário.
Primeira versão foi de engasgamento
Antes da confissão, Eduarda apresentou outra versão à polícia, alegando que a filha havia morrido após se engasgar durante a amamentação. No entanto, ao ser confrontada na Delegacia Regional de Novo Lino, ela mudou o depoimento e assumiu o crime, em um vídeo que dura cerca de 18 minutos.
Crime no sofá da Sala
Segundo o relato da própria Eduarda, o crime ocorreu no sofá da casa onde morava.
“Ela ficou chorando um pouquinho. Levei ela para o sofá e sufoquei com a almofada da sala. Eu botei ela no sofá e peguei a almofada e botei [no rosto da filha]. No sofá da sala. Foi a almofada e o lençol”, afirmou durante o depoimento.
Após o assassinato, ela enrolou o corpo da criança em um lençol e o colocou dentro de um saco plástico, utilizado anteriormente para guardar itens do enxoval.
Corpo ao lado de produtos de limpeza
A bebê foi encontrada morta dentro de um armário, enrolada em plástico e junto a produtos de limpeza. Eduarda relatou que não mexeu mais no corpo da filha depois de escondê-lo.
“Eu não consegui dormir, fiquei perambulando na casa, fui para a porta, voltei e fui no armário, achando que ela poderia estar viva, mas ela não estava”, declarou.
Mãe matou sozinha
Eduarda também afirmou que ninguém a ajudou a cometer o crime. Segundo ela, o marido estava fora do estado no momento da ocorrência.
“Ele estava em São Paulo, ele não sabia de nada. Eu contei quando o advogado ficou dizendo pra que eu falasse a verdade”, disse.
Veja o vídeo completo:
📌Mãe que fingiu sequestro de recém-nascida conta detalhes de como matou criança: "Sufoquei com almofada" pic.twitter.com/fWrL8kduh4
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) April 18, 2025
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Investigação
A jovem está presa preventivamente pelo crime de ocultação de cadáver. A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo de necropsia, que deve confirmar se a morte foi provocada por asfixia. Caso confirmado, ela poderá responder também por infanticídio — crime previsto no Código Penal quando a mãe mata o filho sob influência do estado puerperal.
Na audiência de custódia realizada na quarta-feira (16), a Justiça manteve a prisão preventiva de Eduarda. A magistrada determinou ainda que a acusada seja submetida a tratamento psiquiátrico enquanto permanecer detida.

O falso depoimento
Segundo a polícia, Eduarda disse, no primeiro depoimento, que a menina, havia sido sequestrada em uma parada de ônibus, por volta de 6h15. Naquele dia, ela afirmou que a criança foi levada por dois homens e uma mulher em um Classic.
“Ela deu uma versão de que havia quatro pessoas no veículo, sendo três homens e uma mulher, e que esse veículo teria parado na banqueta da pista e realizado uma abordagem. Dois homens teriam descido, teriam tomado a criança dos braços dela à força e esse veículo teria seguido sentido Pernambuco”, disse o delegado Igor Diego.
As investigações
A polícia iniciou investigações sobre o caso e, após ouvir testemunhas e averiguar câmeras de segurança, encontrou contradições na fala da mulher.